São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 2006

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MEIOS DE PAGAMENTO

Cartões movimentarão 22% a mais em 2006, diz associação

ERNANE GUIMARÃES NETO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) estima que as compras por meio "plástico" devem somar R$ 247,3 bilhões no Brasil neste ano. Haveria assim um aumento de 22% no valor das transações no segmento.
A associação apresentou ontem dados do primeiro semestre segundo os quais os meios eletrônicos de pagamento movimentaram R$ 22 bilhões (24%) a mais que no mesmo período de 2005.
Quando se dividem os cartões nas modalidades crédito, débito e "loja, uso doméstico e regional", o maior crescimento medido foi o do cartão de débito, 25% mais volume de dinheiro e 24% mais transações do que no primeiro semestre de 2005.
No entanto, na projeção anual, a vantagem fica para o crédito. A Abecs estima crescimento de 23% em valor total de transações, contra 21% do débito e 17% dos demais.
Segundo Antonio Rios, da Abecs, o débito puxou para baixo a estimativa: "Principalmente no débito, vimos notando uma redução na velocidade do crescimento. Em 2005, o débito cresceu 39%, agora é um produto mais maduro". Isso ocorre apesar de só cerca de 20% dos cartões de banco serem usados para compra em débito.
Para o analista Edson Carminatti, do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração, a prevalência do crescimento dos cartões de crédito faz sentido: "A lógica é que no fim do ano usa-se mais crédito em geral. Via de regra, as pessoas já quitaram suas dívidas, e então vêm as datas comemorativas" para estimular o endividamento.
E, como "as instituições financeiras de modo geral estão estimulando" o crédito, seja mediante o valor mínimo a gastar no cheque, seja porque "o mercado de cartão ainda é incipiente", a tendência é continuar a migração para os cartões.
Tonando só cartão e cheque, a Abecs calcula que 63% dos gastos de maio foram pagos com o primeiro meio. Em 2005, a proporção fora 56%.


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