|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEIOS DE PAGAMENTO
Cartões movimentarão 22% a mais em 2006, diz associação
ERNANE GUIMARÃES NETO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços)
estima que as compras por
meio "plástico" devem somar R$ 247,3 bilhões no Brasil neste ano. Haveria assim
um aumento de 22% no valor
das transações no segmento.
A associação apresentou
ontem dados do primeiro semestre segundo os quais os
meios eletrônicos de pagamento movimentaram R$ 22
bilhões (24%) a mais que no
mesmo período de 2005.
Quando se dividem os cartões nas modalidades crédito, débito e "loja, uso doméstico e regional", o maior crescimento medido foi o do cartão de débito, 25% mais volume de dinheiro e 24% mais
transações do que no primeiro semestre de 2005.
No entanto, na projeção
anual, a vantagem fica para o
crédito. A Abecs estima crescimento de 23% em valor total de transações, contra 21%
do débito e 17% dos demais.
Segundo Antonio Rios, da
Abecs, o débito puxou para
baixo a estimativa: "Principalmente no débito, vimos
notando uma redução na velocidade do crescimento. Em
2005, o débito cresceu 39%,
agora é um produto mais maduro". Isso ocorre apesar de
só cerca de 20% dos cartões
de banco serem usados para
compra em débito.
Para o analista Edson Carminatti, do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração, a prevalência do crescimento dos cartões de crédito faz sentido: "A lógica é
que no fim do ano usa-se
mais crédito em geral. Via de
regra, as pessoas já quitaram
suas dívidas, e então vêm as
datas comemorativas" para
estimular o endividamento.
E, como "as instituições financeiras de modo geral estão estimulando" o crédito,
seja mediante o valor mínimo a gastar no cheque, seja
porque "o mercado de cartão
ainda é incipiente", a tendência é continuar a migração para os cartões.
Tonando só cartão e cheque, a Abecs calcula que 63%
dos gastos de maio foram pagos com o primeiro meio. Em
2005, a proporção fora 56%.
Texto Anterior: Governo prepara medidas cambiais adicionais Próximo Texto: Cepal aumenta previsão de expansão do Brasil para 4% Índice
|