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Bolsa de SP se recupera nofim do pregão e sobe 1,26%
Investidores aguardam hoje
dados do BC norte-americano
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O mercado acionário norte-americano melhorou na última
hora de pregão e deu uma força
para a Bovespa, que terminou
as operações com valorização
de 1,26%.
Na primeira hora de negociação de ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo sentiu dificuldades para sair do terreno negativo e chegou a marcar queda
de 0,59%. Mas virou de rumo
após as 16h.
A divulgação do Livro Bege
hoje nos EUA vai concentrar a
atenção dos investidores. O Livro Bege é uma compilação periódica feita pelo Fed (o banco
central dos EUA) com dados da
economia norte-americana.
Nos últimos dois meses, o
mercado tem reagido, de forma
negativa e positiva, a cada dado
da economia dos EUA divulgado. Isso porque esses números
podem sinalizar maior ou menor aquecimento econômico e
criar expectativas em relação
aos próximos passos que o Fed
pode dar na condução de sua
política monetária.
Os juros básicos estão em
5,25% anuais nos EUA. A expectativa predominante é a de
que sejam elevados uma vez
mais neste ano e cheguem ao
fim de 2006 em 5,5%.
Ontem, em Nova York, o índice Dow Jones teve alta de
0,48%. A Bolsa eletrônica Nasdaq ganhou 0,58%.
Na Bovespa, ações de diferentes segmentos encontraram
compradores e terminaram o
dia com boas altas: Eletrobrás
PNB subiu 3,02%; Vale do Rio
Doce ON ganhou 2,88%; e CCR
Rodovias ON teve alta de
2,55%.
O dólar teve alta de 0,46% e
terminou vendido a R$ 2,203.
Com o dia mais tranqüilo ontem, o risco-país brasileiro terminou a 229 pontos, em queda
de 0,87%. E, com o risco em baixa e o mercado de câmbio relativamente calmo, voltou-se a
especular com a possibilidade
de o governo aproveitar o momento para fazer uma nova
emissão no exterior.
O secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, afirmou
ontem que não está nos planos
do governo captar recursos no
mercado externo em real ou em
euro nos próximos meses.
Segundo ele, o mercado em
dólar é o mais receptivo para
emissões no momento, mas o
Tesouro só pretende realizar
novas captações quando considerar oportuno.
Para o secretário, o mercado
financeiro vive momentos de
menor volatilidade, mas o quadro ainda não está totalmente
definido. Além disso, segundo
ele, o período é de férias no hemisfério Norte, o que desfavorece novas captações, assim como as tensões do período pré-eleitoral. Kawall acrescenta
que as emissões em euro exigem uma estratégia de divulgação prévia pelo Tesouro.
Ele disse ainda que as recentes elevações do Brasil por
agências de classificação de risco surpreenderam o próprio
governo. "Fomos surpreendidos positivamente porque se
trata de período eleitoral, e as
agências costumam esperar para fazer alterações. Isso mostra
que passamos pelo teste da turbulência relativamente bem."
Juros
À espera da divulgação da ata
da última reunião do Copom, o
mercado futuro de juros fechou
ontem perto da estabilidade.
No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) mais negociado
na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), com vencimento em janeiro de 2008, a taxa projetada caiu de 14,71% para 14,69%.
Amanhã, será conhecida a
ata do Copom (Comitê de Política Monetária). O documento
trará detalhes sobre os motivos
que levaram o órgão a reduzir a
taxa Selic de 15,25% para
14,75% na semana passada.
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