São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 2006

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Bolsa de SP se recupera nofim do pregão e sobe 1,26%

Investidores aguardam hoje dados do BC norte-americano

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O mercado acionário norte-americano melhorou na última hora de pregão e deu uma força para a Bovespa, que terminou as operações com valorização de 1,26%.
Na primeira hora de negociação de ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo sentiu dificuldades para sair do terreno negativo e chegou a marcar queda de 0,59%. Mas virou de rumo após as 16h.
A divulgação do Livro Bege hoje nos EUA vai concentrar a atenção dos investidores. O Livro Bege é uma compilação periódica feita pelo Fed (o banco central dos EUA) com dados da economia norte-americana.
Nos últimos dois meses, o mercado tem reagido, de forma negativa e positiva, a cada dado da economia dos EUA divulgado. Isso porque esses números podem sinalizar maior ou menor aquecimento econômico e criar expectativas em relação aos próximos passos que o Fed pode dar na condução de sua política monetária.
Os juros básicos estão em 5,25% anuais nos EUA. A expectativa predominante é a de que sejam elevados uma vez mais neste ano e cheguem ao fim de 2006 em 5,5%.
Ontem, em Nova York, o índice Dow Jones teve alta de 0,48%. A Bolsa eletrônica Nasdaq ganhou 0,58%.
Na Bovespa, ações de diferentes segmentos encontraram compradores e terminaram o dia com boas altas: Eletrobrás PNB subiu 3,02%; Vale do Rio Doce ON ganhou 2,88%; e CCR Rodovias ON teve alta de 2,55%.
O dólar teve alta de 0,46% e terminou vendido a R$ 2,203.
Com o dia mais tranqüilo ontem, o risco-país brasileiro terminou a 229 pontos, em queda de 0,87%. E, com o risco em baixa e o mercado de câmbio relativamente calmo, voltou-se a especular com a possibilidade de o governo aproveitar o momento para fazer uma nova emissão no exterior.
O secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, afirmou ontem que não está nos planos do governo captar recursos no mercado externo em real ou em euro nos próximos meses.
Segundo ele, o mercado em dólar é o mais receptivo para emissões no momento, mas o Tesouro só pretende realizar novas captações quando considerar oportuno.
Para o secretário, o mercado financeiro vive momentos de menor volatilidade, mas o quadro ainda não está totalmente definido. Além disso, segundo ele, o período é de férias no hemisfério Norte, o que desfavorece novas captações, assim como as tensões do período pré-eleitoral. Kawall acrescenta que as emissões em euro exigem uma estratégia de divulgação prévia pelo Tesouro.
Ele disse ainda que as recentes elevações do Brasil por agências de classificação de risco surpreenderam o próprio governo. "Fomos surpreendidos positivamente porque se trata de período eleitoral, e as agências costumam esperar para fazer alterações. Isso mostra que passamos pelo teste da turbulência relativamente bem."

Juros
À espera da divulgação da ata da última reunião do Copom, o mercado futuro de juros fechou ontem perto da estabilidade.
No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) mais negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), com vencimento em janeiro de 2008, a taxa projetada caiu de 14,71% para 14,69%.
Amanhã, será conhecida a ata do Copom (Comitê de Política Monetária). O documento trará detalhes sobre os motivos que levaram o órgão a reduzir a taxa Selic de 15,25% para 14,75% na semana passada.


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