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Petrobras avança com projeto de gás em Santos
Investimento em novo pólo é estimado em US$ 2 bi
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
O presidente da Petrobras,
José Sergio Gabrielli de Azevedo, anunciou a aprovação do estudo de viabilidade técnico-econômica do pólo de gás de
Mexilhão, um dos cinco complexos de produção a serem implantados na Bacia de Santos
(85 km da capital paulista).
Gabrielli inaugurou ontem a
sede administrativa da unidade
de negócio da Bacia de Santos,
considerada a primeira unidade de negócio de exploração e
produção da empresa no Estado de São Paulo.
O projeto do pólo de Mexilhão, orçado em US$ 2 bilhões
(R$ 4,3 bilhões), prevê a produção diária de 8 a 9 milhões de
metros cúbicos de gás no primeiro semestre de 2009.
Já sua capacidade máxima
deve ser atingida em 2011,
quando serão produzidos até 15
milhões de metros cúbicos de
gás e 200 mil barris de condensado de gás natural por dia.
Questionado sobre o volume
de "royalties" que deve ser repassado às cidades da Baixada
Santista, o presidente da Petrobras afirmou que não cabe à
empresa essa definição, mas
que o valor será calculado a
partir do início da produção.
A unidade de negócios da Petrobras em Santos deve empregar 240 pessoas e criar, nos
próximos cinco anos, 1.200 empregos diretos e cerca de 15.000
indiretos.
Nos próximos dez anos, a Petrobras, junto com empresas
parceiras, deve investir cerca
de US$ 18 bilhões (R$ 39,43 bilhões) em projetos na Bacia de
Santos, de onde deverão ser extraídos cerca de 30 milhões de
metros cúbicos de gás ao dia a
partir de 2011.
Ambiente
Ontem, em Cubatão, Gabrielli inaugurou o Cepema (Centro de Capacitação e Pesquisa
em Meio Ambiente), construído a título de compensação ambiental. O investimento foi de
R$ 12 milhões.
O presidente da Petrobras
também comentou a acusação
do governo boliviano de suposta fraude em medidores da empresa brasileira em campos de
gás na Bolívia.
Segundo ele, a Petrobras tem
uma mesa de operações que
acompanha a vazão do produto
a cada minuto.
"Estamos extremamente
surpresos com qualquer hipótese de que haja suspeita sobre
a informação que nós estávamos passando. Além do mais, é
incoerente dizer que há erro de
mensuração em uma operação
que é contínua. A mensuração
da vazão tem que ser compatível com quem recebe. Se não tiver compatibilidade, há uma situação de dificuldade operacional gigantesca", disse.
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