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TRANSE
Em dia de volume reduzido de negócios, moeda fecha cotada a R$ 3,73
Mercado pára à espera da eleição, e dólar cai 1,84%
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um dia de poucos negócios,
o dólar recuou mais 1,84% e encerrou a semana cotado a R$ 3,73,
o menor valor desde 4 de outubro. Voltou ao nível do período
anterior ao primeiro turno das
eleições presidenciais.
Nesta semana, a moeda americana acumulou baixa de 3,6%. No
mês, há queda de 0,8% e, no ano, a
valorização da moeda é de 61,2%.
A queda de ontem veio do fraco
volume negociado. Em mercados
com reduzida liquidez, qualquer
operação, por menor que seja,
tem forte influência no fechamento da cotação.
A sexta-feira já costuma ser um
dia de esvaziamento dos negócios, o que foi potencializado pelo
fato de ontem ter sido o último dia
útil antes do segundo turno.
Uma onda de calmaria invadiu
o mercado depois que investidores avaliaram que o preço dos ativos já tinha extrapolado as eventuais preocupações com um governo do PT.
Pesquisas de intenção de voto
indicam que Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) tem larga vantagem à
frente de José Serra (PSDB).
O mercado apoiava Serra por
classificá-lo como o candidato do
governo e, portanto, aquele que
não iria alterar os rumos da atual
política econômica.
Ao perceber o crescimento de
Lula, chegou a temer um governo
de oposição, mas declarações de
integrantes do partido, divulgadas nos últimos dias, corresponderam aos interesses do mercado
e acalmaram os ânimos.
O compromisso com a austeridade fiscal e alguns nomes que
poderiam ser convidados para
ocupar cargos como a presidência
do Banco Central ou o Ministério
da Fazenda foram bem recebidos.
Há expectativa de que o dólar
caia mais um pouco na semana
que vem, se confirmadas as expectativas.
Vencimentos
Grande parte da pressão no dólar neste mês veio de uma elevada
concentração de vencimentos de
dívida pública atrelada ao dólar.
No dia 1º venceu US$ 1,25 bilhão
em títulos cambiais; dia 16, US$
3,6 bilhões. Na quarta-feira passada, foi resgatado mais US$ 1,1 bilhão desses papéis.
A maior parte desses valores
não foi renovada pelo BC. Como
haveria o resgate, instituições que
detinham os papéis pressionaram
o dólar nos dias anteriores aos
vencimentos numa tentativa de
ampliar os seus ganhos.
Também em outubro houve
forte concentração de dívidas do
setor privado vencendo -cerca
de US$ 1 bilhão de débitos do setor público, que também não foram renovados.
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