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Petróleo chega a US$ 90 em NY e volta a bater recorde
Produto também alcança a sua maior marca em Londres
DA REDAÇÃO
As declarações de representantes da Opep (Organização
dos Países Exportadores de Petróleo) de que a entidade não
elevará a sua produção aumentaram os temores de escassez
do produto e fizeram com que o
preço do barril batesse recorde
em Londres e Nova York.
No mercado americano, o
barril encerrou o dia cotado a
US$ 90,46, alta de 3,86% em relação ao dia anterior. É a primeira vez que o produto termina o pregão cotado acima de
US$ 90. Na semana passada, ele
chegou a estar valendo US$
90,07, porém recuou antes do
fechamento. O recorde anterior, também deste mês, era de
US$ 89,47.
A alta na Bolsa de Londres foi
um pouco inferior, de 3,69%,
mas suficiente para que o barril
de petróleo ultrapasse com folga a sua maior cotação até então, que era de US$ 84,60
-marca que foi atingida na última quinta. O Brent terminou
o dia valendo US$ 87,48.
Em termos reais (levando em
conta a inflação americana no
período), no entanto, o recorde
permanece com abril de 1980,
quando o barril foi cotado em
Nova York acima de US$ 95 -a
preços atuais.
A elevação nos preços ontem
foi motivada por declarações de
dirigentes da Opep que disseram que ela não deverá aumentar a sua produção na reunião
de novembro. O secretário-geral da entidade, Abdalla Salem
El-Badri, disse ao "Wall Street
Journal" que o cartel ainda não
começou a discutir alta em sua
produção. Em Caracas, representantes da Venezuela e da
Argélia afirmaram que há petróleo suficiente no mercado.
Na semana passada, cogitava-se que a Opep, responsável
por 40% da produção mundial,
elevaria a quantidade.
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