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Usuário vai pagar, diz associação de terminais
DA REPORTAGEM LOCAL
A imposição de novos contratos vai elevar mais uma vez o
custo portuário para os usuários. "Vai haver repasse para os
clientes. O dono da carga sempre paga", reagiu Wilen Manteli, diretor-presidente da ABTP
(Associação Brasileira dos Terminais Portuários).
Segundo ele, não faz sentido
o governo federal querer "em
plena crise" aumentar os custos dos portos.
Para a associação, o governo
falha ao não perceber que a
prioridade não é elevar os custos, mas promover uma reestruturação completa das companhias docas.
A Codesp, segundo ele, deveria se concentrar na negociação
do brutal passivo trabalhista,
na limpeza da área portuária
com a alienação de equipamentos obsoletos e na reorganização para abertura de capital, algo que faz parte do projeto da
companhia.
"A autoridade portuária precisa primeiro ganhar a confiança das empresas que operam no
porto. Depois de promover essa
reestruturação, a Codesp poderia chamar os terminais para
negociar os contratos, não antes", afirmou.
No aspecto operacional, avalia o diretor-presidente da
ABTP, o porto de Santos precisa fazer a dragagem de aprofundamento para 15 metros e o
alargamento do canal de navegação dos atuais 150 metros para 220 metros.
Conta gigantesca
Há dois meses, a Codesp recebeu mais uma conta salgada
do sistema previdenciário dos
portuários, o Portus.
Agora o valor atinge os R$
700 milhões. Isso equivale a
quase um ano e meio de receitas da companhia. "A Codesp
está fazendo a auditoria nesse
valor", disse.
Para os terminais, ampliar as
receitas da Codesp não resolve,
se não houver uma reestruturação da companhia. Além dessa nova conta apresentada pela
Portus, a direção da Codesp
responde a processos civis e
trabalhistas que, somados, representam um valor de R$ 180
milhões.
A empresa também alega
que, apesar das dívidas, tem um
crédito estimado em R$ 500
milhões.
(AB)
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