São Paulo, sábado, 26 de dezembro de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice NO BOLSO Aluguel consome boa parte da renda de funcionário de bingo Consumidor diz que sentiu bastante a queda de preços de alimentos
da Reportagem Local Na tarde de quarta-feira, Márcio Luis de Oliveira, 25, passeava por um dos mais de 30 shoppings da Grande São Paulo, à procura de presentes para sua família. O shopping lotado preocupava mais Márcio do que os preços. Ele afirma que não consegue perceber a tendência de redução dos preços, mas diz que pesquisa muito antes de comprar. "Os preços variam muito, e sempre é possível encontrar boas ofertas." Para Márcio, o segredo está em trabalhar muito e saber gastar. Ele é funcionário de uma casa de bingo e nesta época do ano vê seus rendimentos aumentados por caixinhas mais gordas. Márcio é casado e pai de Gabriela, 3. Para as compras, levou a filha e uma irmã. Confirmando o que as pesquisas apontam -a forte alta dos aluguéis no Real-, Márcio afirmou que sua principal preocupação é com moradia. "Tenho um rendimento variável e normalmente não consigo poupar o suficiente para comprar um apartamento. O aluguel leva uns R$ 600 por mês." Ele disse que sua renda gira em torno dos R$ 1.000 mensais e que sua mulher não trabalha fora. Mas, para Márcio, comer está cada vez mais barato. "O mais caro são as coisas mais fúteis, as roupas de marca e o aluguel. O resto, dá para encarar", afirmou. Outra providência que ele toma é pagar à vista. "Por isso deixei para comprar tudo agora, quando não preciso parcelar e pagar juros altos", disse Márcio, depois de mais de uma hora de pesquisa atrás de "bons negócios" para o Natal. (SQ) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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