São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2000


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Produto poderá gerar 12% da energia total

da Reportagem Local

O gás natural deve aumentar sua participação na matriz energética do Brasil.
Segundo projeções feitas pelo Ministério das Minas e Energia, o gás passará de 2,7% da matriz energética para até 12% em 2010. Mesmo que o percentual exato não se concretize, os empresários brasileiros contribuirão para a elevação do consumo.
Na opinião de Mário Rosito, diretor de marketing industrial da Comgás, os negócios para sua empresa tendem a crescer muito. "Temos um potencial de crescimento de cerca de 53% para 2000, em relação ao ano passado", afirma Rosito.

Custos de conversão
Os valores que pesam no bolso dos industriais que decidem aderir ao gás são variáveis de acordo com o segmento e o porte da fábrica.
"A Belgo-Mineira já aprovou um investimento da ordem de R$ 500 mil para se adequar ao gás, com expectativa de retorno em dois anos", diz Paulo Roberto Cardozo, gerente de laminação da empresa. Segundo ele, o investimento não é alto, considerando os benefícios a longo prazo.
A Copersucar decidiu investir pesado e vai trazer, junto com o gás, a possibilidade de se tornar quase que totalmente autônoma na geração de energia elétrica.
Com investimento inicial de R$1,5 milhão, ela trocou o combustível de três caldeiras em fevereiro. Para agosto, a previsão é substituir o óleo combustível por gás natural nas três restantes, usando mais R$ 500 mil.
A Copersucar já consegue gerar 80% da energia elétrica que consome, por meio da co-geração (processo no qual o gás gera calor e, ao mesmo tempo, seu resíduo é aproveitado para gerar energia elétrica, por meio de uma usina).
"Essa é a grande vantagem do gás: não há desperdício com ele", diz Santino Orsi, diretor industrial da Panamco do Brasil.
Na unidade da empresa em Jundiaí, o gás também será usado em uma usina -que deverá funcionar a partir de maio.
Com a co-geração, a Coca-Cola não dependerá mais de fornecimento de energia elétrica. "O gás pode até trazer alguma economia com o tempo, mas a decisão é estratégica", diz Orsi. (CL)

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