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ANO DO DRAGÃO
Preço do botijão aumentaria 6,4%, mas gasolina cairia 0,75%
Agora, BC prevê alta para o gás e queda para a gasolina
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Central aumentou sua
projeção para o reajuste esperado
para o gás de cozinha neste ano.
Até o mês passado, projetava-se
uma queda de 1,6% no preço do
produto. Agora, é esperado aumento de 6,4%.
No caso da gasolina, a projeção
é de aumento de 8% ao longo de
todo o ano de 2003. Como no mês
passado já houve reajuste médio
de 8,82%, segundo o BC, a expectativa é que, daqui para a frente,
os preços possam cair cerca de
0,75%.
As informações constam da ata
da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do
BC), realizada na semana passada. Na ocasião, os juros básicos da
economia foram elevados em um
ponto percentual, chegando a
26,5% ao ano.
No geral, o conjunto de preços
administrados (que incluem os
combustíveis) deve ser o principal
fator de pressão sobre a inflação
deste ano. O BC espera que esse
grupo tenha reajuste médio de
15,9%, contra 14% esperados no
mês passado.
Esse conjunto de reajuste de
preços deve ter impacto de aproximadamente 4,7 pontos percentuais na inflação deste ano. A meta do BC é manter a alta dos preços em 8,5%, o que, segundo a ata
do Copom, não iria ocorrer sem o
aumento dos juros decidido na
semana passada.
Mas o governo já acertou com o
FMI um novo aumento nos limites de tolerância para a inflação
deste ano. O teto deverá superar
10%.
Redução
Desde o ano passado, os preços
dos combustíveis acompanham
de perto a variação da cotação internacional do petróleo. Com a
ameaça de guerra entre Estados
Unidos e Iraque, essa cotação tem
registrado fortes altas.
Neste ano, o gás de cozinha ainda não sofreu nenhum reajuste, o
que indica que o aumento de
6,4% esperado pelo BC ainda deva ocorrer nos próximos meses.
Já no caso da gasolina, o BC mostra não estar esperando grandes
aumentos adicionais.
Segundo levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) em 11 capitais, o reajuste médio no preço
da gasolina em janeiro foi de
8,82%.
Se a projeção do Banco Central
se confirmar e o aumento acumulado ao longo de todo o ano ficar
em 8%, deverá ocorrer, necessariamente, uma redução nos preços nos próximos meses.
Já em relação às tarifas de energia elétrica, o Banco Central reduziu sua projeção para os reajustes
deste ano. Agora, é esperado um
aumento médio de 27,1%, contra
30,3% dos cálculos feitos no mês
passado.
Na semana passada, a Aneel
(Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu limitar o repasse para o consumidor do aumento
provocado pela revisão no valor
das tarifas de energia elétrica.
De quatro em quatro anos, a
Aneel permite a revisão dos contratos e dos índices de correção de
tarifas do setor. Para evitar excessivas altas, a agência resolveu limitar o reajuste ao índice que seria concedido normalmente se
não houvesse a revisão tarifária.
Ainda assim, os aumentos a serem autorizados devem ficar próximos de 30%.
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