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São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 2003

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ENERGIA

Alta foi de 4,6%; durante o dia, barril chegou a atingir a maior cotação desde a invasão do Kuait pelo Iraque, em 1990

Petróleo dispara e atinge cotação da Guerra do Golfo

DA REDAÇÃO

O preço do barril de petróleo subiu ontem 4,55% na Bolsa Mercantil de Nova York e fechou o dia cotado a US$ 37,7. Durante o dia, chegou a ser comercializado a US$ 37,93, o maior valor desde a invasão do Kuait pelo Iraque, em 1990, quando atingiu US$ 41,15, que originou a Guerra do Golfo.
A principal razão apontada para a alta foi o anúncio de que os estoques de óleo para aquecimento sofreram uma queda significativa.
Segundo o Departamento de Energia dos Estados Unidos, as reservas de óleo para aquecimento na semana que terminou em 21 de fevereiro caíram em 3,9 milhões de barris, ficando em 36,1 milhões de barris. Em relação a um ano atrás, a queda foi de 33%.
"Na comercialização de curto prazo, não há realmente muito como segurar este mercado a menos de US$ 40 o barril", diz Paul Horshnell, analista do banco de investimentos JP Morgan. "Os últimos dados sobre os estoques são assustadores. Devemos agora estar chegando muito perto do nível de falta de abastecimento em alguns lugares."
A queda nos estoques americanos reforçou o impacto sobre os preços do petróleo em um inverno mais frio do que o normal nos EUA, que é o maior consumidor de energia do mundo.
A possibilidade de guerra entre Estados Unidos e Iraque -oitavo maior exportador mundial de petróleo- tem pressionado o preço do produto nos últimos meses. Em relação a um ano atrás, o preço do barril comercializado em Nova York subiu quase 80%.
Os estoques de petróleo nos EUA também estão em queda. Caíram 1 bilhão de barris na semana passada, para 271,9 milhões de barris, apenas 2 milhões acima do nível operacional mínimo.
Além disso, a Malásia sugeriu ontem um embargo na venda de petróleo por parte dos países islâmicos, como forma de pressionar o Ocidente a evitar uma guerra contra o Iraque. Autoridades e analistas consideram improvável que esse recurso seja usado.
A sugestão foi feita pelo primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, durante uma conferência no país, da qual participaram líderes religiosos e ministros de 49 países islâmicos.
O Kuait, que é membro da Opep, já rejeitou o embargo.


Com agências internacionais


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