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Donos de ações terão de trocar papéis
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a fusão das Bolsas, o investidor que tem ações da
BM&F deverá trocar cada um
de seus papéis por um da Nova
Bolsa. Já para cada ação da Bovespa, o investidor deverá receber aproximadamente 1,4248
papel novo e mais R$ 1,7153 em
dinheiro. Isso porque o número de ações que compõe o capital de cada uma das Bolsas é diferente, assim como seu valor
de mercado.
Ontem, após o detalhamento
do negócio, as ações da Bovespa
Holding subiram 5,63% e fecharam a R$ 26,25, 14,13% acima do valor na emissão ordinária, em outubro de 2007. Já os
papéis da BM&F, que desembolsará recursos na operação,
caíram 1,67% e terminaram a
R$ 16,52, com queda de 17,4%
ante o valor no lançamento, em
novembro passado.
Os investidores no mercado
brasileiro devem esperar uma
redução no custo das transações -até 2010, segundo cálculos das Bolsas, as sinergias proporcionarão economia de 25%
com gastos operacionais- e
maior variedade de produtos à
sua disposição.
As corretoras terão mais facilidade para oferecer produtos
correlatos, como transações
com ações no mercado à vista
-que hoje está na Bovespa- e
operações para travar eventuais perdas por meio do Ibovespa futuro, cujos contratos
estão na BM&F.
O mesmo deve acontecer
com alguns papéis que começam a ganhar mais peso entre
os negócios na Bovespa e que
poderão ter abertas negociações de novas opções de ação.
Hoje, as opções de ação mais
populares são dos papéis da Vale e da Petrobras, os mais negociados.
"O futuro da capitalização
das nossas empresas está nessa
Bolsa, não em dinheiro emprestado em banco", diz Eduardo da Rocha Azevedo.
O acordo da BM&F com o
CME Group -dono das duas
Bolsas de Chicago- também
poderá ser estendido para a Bovespa, o que permitiria levar o
acesso às ações brasileiras a investidores em todo o mundo.
"Como a BM&F é mais nova
e moderna em termos de gestão, deve predominar na Nova
Bolsa. É como se a Bovespa fosse o avô e a BM&F, o neto. Junta a experiência com a juventude. É uma combinação interessante, em que um e um é igual a
três", disse Ricardo Humberto
Rocha, professor do Ibmec-SP.
Os analistas do mercado financeiro aprovaram a estrutura do negócio. Ainda faltam detalhes sobre a proporção de troca das ações existentes pelas
novas; no entanto, é certo que
não haverá destruição de valor,
comenta um economista que
prefere não se identificar.
(DG e TS)
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