Indicadores americanos ruins afetaram negócios em NY

DA REPORTAGEM LOCAL

Pela segunda sessão consecutiva, a Bovespa praticamente ignorou Wall Street e avançou. Ontem, a Bolsa brasileira teve alta de 0,3% e alcançou os 61.415 pontos. "Não fosse o pessimismo no mercado externo, ela teria subido ainda mais", diz Kelly Trentin, analista da corretora SLW. O dólar caiu 0,29% e fechou a R$ 1,727.
Novamente, as ações da Vale foram as estrelas do pregão. O papel PN teve valorização de 4,56%, e o ON, de 4,36%, sob reflexo do cancelamento da tentativa de comprar a mineradora anglo-suíça Xstrata, anunciada ontem, após o fechamento do mercado. O aumento do endividamento que seria necessário para bancar o negócio assustava. Com a desistência da Vale, a sensação entre os investidores foi de alívio.
Os papéis da Petrobras também avançaram. O PN teve alta de 1,62%, a R$ 74,90, e o ON ganhou 1,03%, a R$ 90,50. Os investidores voltaram a comprar as ações dessas companhias por avaliarem que, mesmo com uma desaceleração dos EUA, os preços das commodities se sustentarão em um patamar de preços altos, já que China e outros países asiáticos devem seguir apresentando taxas de crescimento elevadas.
Por outro lado, as ações de empresas brasileiras tiveram a sua recomendação rebaixada pelo banco de investimentos UBS. Os estrategistas da instituição justificaram a decisão citando perspectivas negativas para os juros no país.
Nos EUA, mais índices ruins sobre a economia americana vieram a deprimir os investidores. Os pedidos de bens duráveis às indústrias caíram 1,7% em fevereiro. Foi o segundo mês consecutivo de baixa. E as vendas de casas novas recuaram 1,8% no mês passado. A Bolsa de Nova York caiu 0,88%, e a Nasdaq, 0,71%.


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