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Cresce inadimplência nos bancos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A inadimplência registrada nos
empréstimos bancários atingiu,
no mês passado, o nível mais elevado desde outubro de 2000, segundo dados do Banco Central.
Do total de financiamentos concedidos pelas instituições financeiras, 8,9% estavam em atraso
havia pelo menos duas semanas.
Os atrasos são maiores entre as
pessoas físicas. Nesse caso, a inadimplência atinge 15,2% dos empréstimos, que totalizam R$ 76,5
bilhões. Entre as empresas, que
devem R$ 125,3 bilhões aos bancos, o atraso chega a 4,9%.
A inadimplência tem crescido,
principalmente, entre pessoas físicas. Em maio de 2001, o nível de
atraso estava em 11,7%. O principal responsável por esse resultado
é o desaquecimento da economia,
que reduz a renda e dificulta o pagamento em dia das dívidas.
Para o chefe do Departamento
Econômico do BC, Altamir Lopes, a inadimplência é alta, mas
não preocupa. Segundo Lopes, os
bancos têm provisões suficientes
para enfrentar eventuais calotes.
Normas do BC obrigam os bancos a fazer provisionamento para
operações de crédito consideradas arriscadas -as instituições
devem ter reservada uma quantia
de dinheiro que possa ser usada
para cobrir eventuais calotes.
Em maio, os juros cobrados pelos bancos registraram um ligeiro
aumento. A taxa média cobrada
das empresas passou de 42,7%
para 43% ao ano. Entre pessoas físicas, os juros subiram de 69,6%
para 70% ao ano.
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