DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O CMN (Comitê de Política Monetária) define hoje a meta de inflação para 2004 e anuncia também mudanças em relação à meta de 2003, estabelecida em 3,25% no ano passado, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
A equipe econômica estudava aumentar a meta do IPCA (índice oficial) de 2003 e ampliar a margem de tolerância. Motivo: a mudança no cenário econômico desde junho de 2001, quando a meta de 2003 foi definida, e suas consequências sobre os preços.
O aumento da meta de 2003, que deve acontecer hoje, vai dar mais espaço para o BC reduzir os juros nos próximos meses, o que pode facilitar a retomada do crescimento econômico. O que vai agradar à cúpula da campanha do presidenciável tucano José Serra.
A proposta de mudança da meta foi enviada ontem ao presidente FHC. Para que o CMN possa alterar a meta, FHC tem de dar sua autorização, o que deve ocorrer por meio de um decreto presidencial a ser publicado hoje no "Diário Oficial" da União.
Devido aos seguidos choques que a economia enfrenta desde o começo do ano passado, que provocaram o descumprimento da meta de 2001 e já ameaçam a deste ano, o governo pretende facilitar a condução da política monetária no início do mandato do próximo presidente da República.
Se elevar a meta de 2003, o governo deverá fixar uma meta menor para 2004.



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