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Declarações da Opep levam barril a encostar em US$ 140
Presidente do cartel afirma que preço deve ficar entre US$ 150 e US$ 170 até setembro
Declaração da Líbia de que
pode diminuir a sua produção
colabora para o aumento,
além da previsão de que Fed
vá demorar a elevar os juros
DA REDAÇÃO
O preço do barril de petróleo
chegou a ultrapassar os US$
140, depois que o presidente do
cartel mundial do produto disse que a cotação poderá chegar
a US$ 170 nos próximos meses.
O valor do produto chegou a recuar no fim do pregão, para a
casa dos US$ 139, mas atingiu o
seu maior preço histórico.
O presidente da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo, cartel responsável por cerca de 40% da produção mundial), o argelino
Chakib Khelil, disse que acredita que o barril valerá de US$
150 a US$ 170 até setembro e
que o preço deverá recuar no final do ano. Segundo o dirigente, a cotação não deverá chegar
a US$ 200.
Em Londres, o produto chegou a valer US$ 140,56, mas terminou o pregão cotado a US$
139,83, alta de 5,64% em relação ao dia anterior. Na Bolsa de
Nova York, o barril se valorizou
em 3,78%, cotado a US$ 139,64
no final do pregão -durante o
dia, chegou a ser negociado a
US$ 140,05.
Além das previsões do dirigente da Opep, colaboraram
para o dia de valorização do
combustível as declarações do
presidente da companhia petrolífera da Líbia -membro do
cartel ao lado, entre outros, da
Arábia Saudita, do Irã e da Venezuela- de que o país poderá
diminuir a sua produção porque o mercado está bem abastecido de petróleo.
Outro fator apontado por
analistas foi que há consenso
crescente no mercado de que o
Fed (Federal Reserve, o banco
central dos Estados Unidos)
poderá só no final do ano elevar
a taxa de juros básica americana. O ciclo de cortes que durou
de setembro do ano passado até
abril deste ano é citado como
um dos motivos para a desvalorização do dólar em relação às
principais moedas mundiais, o
que ajudou no aumento dos
preços do petróleo.
Na reunião de anteontem, o
Fed encerrou o ciclo de sete
cortes consecutivos, que levou
a taxa de juros de 5,25% para
2%, no seu menor nível desde o
final de 2004. Os preços de
energia foram apontados pelo
BC norte-americano como
uma das suas grandes preocupações, principalmente pelo
impacto na inflação, que subiu
0,6% no mês passado.
O preço de energia também
foi citado no documento divulgado após a reunião do Fed como um dos fatores que devem
ter impacto negativo no crescimento da economia americana
nos próximos trimestres, ao lado do aperto no crédito e da
contração no setor imobiliário.
Com agências internacionais
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