São Paulo, sábado, 27 de junho de 2009

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Empréstimo no banco consome 25% da renda

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No Brasil, a população compromete 25,3% de sua renda com o pagamento de empréstimos bancários, segundo levantamento feito pelo Banco Central que comparou o total de financiamentos direcionados a pessoas físicas, número apurado pelo próprio BC, e o rendimento médio da população estimado a partir de dados da Previdência Social e do IBGE.
Os números não incluem os financiamentos habitacionais. O resultado apurado em março mostra um aumento em relação ao nível de comprometimento da renda observado dois anos antes, quando essa proporção estava em 22,5%, mas indica uma queda quando comparado aos 26,1% do último trimestre de 2008.
O valor total das dívidas contraídas pelas famílias brasileiras corresponde, em média, a 34,8% da sua renda anual, o nível mais alto de endividamento registrado na série de dados do BC, que começa no primeiro trimestre de 2004 e se encerra em março. Trata-se de um aumento em relação aos 26,7% registrados em março de 2007, embora a proporção tenha ficado estável na comparação com o resultado do fim de 2008.
Para o BC, todos esses números refletem a combinação de dois fatores principais. Por um lado, o agravamento da crise financeira, no fim do ano passado, levou bancos a adotarem maior controle na concessão de empréstimos, e pessoas físicas, a ficarem mais cautelosas.
Além disso, o menor comprometimento da renda com os pagamentos de parcelas de dívidas bancárias é consequência, segundo o BC, da queda dos juros ocorrida nos primeiros meses deste ano.


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