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De la Rúa prestará depoimento sobre mortes
DE BUENOS AIRES
O ex-presidente argentino Fernando de la Rúa (1999-2001) deverá prestar depoimento à Justiça
para se defender de acusações de
homicídio culposo. Ele é suspeito
de ter responsabilidade na morte
de cinco manifestantes durante
um protesto. As mortes ocorreram em confrontos com a polícia
na praça de Maio (centro de Buenos Aires) em 20 de dezembro de
2001.
Na época, toda a Argentina estava sob estado de sítio, decretado
devido à onda de saques e violência que deixou 29 mortos por todo
o país e contribuiu para forçar a
renúncia do próprio De la Rúa à
Presidência.
Os juízes Horacio Vigliani e Gabriel Cavallo, da Câmara Federal,
atenderam a apelação de dois
procuradores argentinos e emitiram ordem para que a juíza federal Maria Servini de Cubría indague De la Rúa e também o ex-ministro do Interior do país, Ramon
Mestre.
Em maio, a juíza havia decidido
cancelar o depoimento do ex-presidente por falta de provas. Cubría deverá decidir nos próximos
dias a data em que De la Rúa será
chamado a depor.
Já grupos de piqueteiros lembraram ontem o marco de um
mês da morte dos jovens Darío
Santillán e Maximiliano Kosteki.
Os dois foram assassinados durante violentos confrontos com a
polícia.
Cerca de 3 mil pessoas bloquearam a ponte Pueyrredón e depois
fizeram uma manifestação pacífica na estação de trens de Avellaneda (Grande Buenos Aires), onde os dois piqueteiros foram mortos.
Eleição
O ex-presidente Adolfo Rodríguez Saá (2001) oficializou ontem
que será candidato à Presidência
na eleição de março. Saá, que permaneceu no poder por apenas alguns dias, logo após a renúncia de
De la Rúa, ainda não decidiu se
vai se candidatar pelo Partido Justicilista (peronista) ou fundará
um partido para concorrer no
pleito. (JS)
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