São Paulo, sexta-feira, 27 de julho de 2007

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Dívida interna cresce R$ 105 bi no 1º semestre

ANA PAULA RIBEIRO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

O processo de redução da taxa de juros promovido pelo Banco Central ainda não conseguiu deter a escalada da dívida interna em títulos do governo. Só no primeiro semestre deste ano o estoque desses papéis em poder do mercado aumentou mais de R$ 100 bilhões.
A Selic, taxa básica do Banco Central e que está em queda desde setembro de 2005, foi responsável por grande parte dessa alta. De acordo com dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional, o total desses papéis em circulação somava, ao final de junho, R$ 1,198 trilhão, ou mais 9,6% no ano, o equivalente a R$ 105,4 bilhões.
A maior parte dessa elevação, R$ 68,6 bilhões, ocorreu por conta da incidência de juros sobre essa dívida. O restante foi causado pelas emissões de títulos realizadas ao longo do ano.
Na comparação com maio, a variação da dívida interna foi de 2,1%. Esse aumento foi decorrente, principalmente, pela emissão líquida (volume de títulos novos no mercado superior aos resgatados), no total de R$ 13,9 bilhões. Já a apropriação de juros foi responsável por uma elevação de R$ 11,1 bilhões.
Embora tenha subido mais de R$ 100 bilhões, esse movimento já estava previsto pelo Tesouro. O PAF (Plano Anual de Financiamento) prevê que a dívida interna ficará neste ano entre R$ 1,23 trilhão e R$ 1,30 trilhão.
O Tesouro informou ainda que a dívida pública total, que inclui também a externa, passou de R$ 1,299 trilhão em maio para R$ 1,325 trilhão em junho, com aumento de 2%. Na comparação com dezembro, o crescimento no ano é de 7,1%.


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