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Dívida interna cresce R$ 105 bi no 1º semestre
ANA PAULA RIBEIRO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
O processo de redução da
taxa de juros promovido pelo
Banco Central ainda não
conseguiu deter a escalada
da dívida interna em títulos
do governo. Só no primeiro
semestre deste ano o estoque
desses papéis em poder do
mercado aumentou mais de
R$ 100 bilhões.
A Selic, taxa básica do Banco Central e que está em queda desde setembro de 2005,
foi responsável por grande
parte dessa alta. De acordo
com dados divulgados ontem
pelo Tesouro Nacional, o total desses papéis em circulação somava, ao final de junho, R$ 1,198 trilhão, ou mais
9,6% no ano, o equivalente a
R$ 105,4 bilhões.
A maior parte dessa elevação, R$ 68,6 bilhões, ocorreu
por conta da incidência de
juros sobre essa dívida. O
restante foi causado pelas
emissões de títulos realizadas ao longo do ano.
Na comparação com maio,
a variação da dívida interna
foi de 2,1%. Esse aumento foi
decorrente, principalmente,
pela emissão líquida (volume
de títulos novos no mercado
superior aos resgatados), no
total de R$ 13,9 bilhões. Já a
apropriação de juros foi responsável por uma elevação
de R$ 11,1 bilhões.
Embora tenha subido mais
de R$ 100 bilhões, esse movimento já estava previsto pelo
Tesouro. O PAF (Plano
Anual de Financiamento)
prevê que a dívida interna ficará neste ano entre R$ 1,23
trilhão e R$ 1,30 trilhão.
O Tesouro informou ainda
que a dívida pública total,
que inclui também a externa,
passou de R$ 1,299 trilhão
em maio para R$ 1,325 trilhão em junho, com aumento
de 2%. Na comparação com
dezembro, o crescimento no
ano é de 7,1%.
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