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FIRJAN
Empresário teria pago resgate
Gouvêa Vieira é acusado de usar dinheiro do Sesi
GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.
O TCU (Tribunal de Contas da
União) apura denúncia anônima
de uso de dinheiro do Sesi (Serviço Social da Indústria) pelo presidente da Firjan (Federação das
Indústrias do Rio), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, para pagamento do resgate do sequestro do
seu filho, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira Filho, em 1995.
A informação foi confirmada à
Folha pelo ministro Lincoln Magalhães da Rocha, relator do processo no TCU. Ele não deu mais
detalhes sobre a denúncia. Segundo ele, tanto a denúncia como o
processo estão sob sigilo. O número do processo é 003.522/2001-7 e chegou às mãos do ministro
em 10 de agosto, apesar de a denúncia ter dado entrada no TCU
em 25 de abril. Até chegar ao relator, o processo passa por várias
instâncias no TCU.
Apesar de sigiloso, a Folha apurou que é um processo extenso
que acusa Gouvêa Vieira tanto de
ter usado R$ 2 milhões do Sesi para pagar o resgate do filho quanto
de pagar as despesas com a segurança dele próprio e de sua família depois do sequestro.
Através de sua assessoria de imprensa, Gouvêa Vieira nega as
acusações. Ele diz que tem conhecimento das denúncias e supõe
que elas sejam fruto da mudança
no estatuto da Firjan promovida
por ele para permitir sua reeleição
para o terceiro mandato.
Segundo ele, a mudança desagradou a um pequeno grupo.
"Tudo o que fosse capaz de atingir
a honra de Eduardo Eugênio
Gouvêa Vieira seria objeto do interesse dessas pessoas, por mais
leviano e inacreditável", informou a assessoria de imprensa da
Firjan. "A posição da Casa é que a
única coisa a lamentar é que
quem protocolou a denúncia seja
tão covarde. Se não fosse, seria
processado e responsabilizado
criminalmente", afirma. Segundo
a assessoria de imprensa, "a Firjan reafirma sua confiança e seu
respeito pelo TCU, que aprovou
até hoje todas as contas das administrações do atual presidente".
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