São Paulo, quinta-feira, 27 de setembro de 2001
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GLP Agência diz que venda de gás de cozinha no Tocantins pode ter indícios de cartel O governo detectou indícios de formação de cartel na comercialização de gás de cozinha, ou GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). A ANP (Agência Nacional do Petróleo) enviou documento à SDE (Secretaria de Direito Econômico) indicando suspeita de infração da ordem econômica em Palmas (TO). Para a agência, há distribuidoras agindo de forma "irresponsável". De acordo com Luiz Augusto Horta, diretor da agência reguladora, as distribuidoras estão "transferindo renda" com o subsídio dado pelo governo federal ao gás de cozinha. Ou seja, comprando barato com o preço subsidiado na refinaria e vendendo mais caro para o consumidor. "Algumas distribuidoras estão sendo irresponsáveis", disse Horta. De acordo com o diretor, "a situação [da comercialização do gás de cozinha" é, no mínimo, preocupante". O subsídio ao GLP será de R$ 2 bilhões neste ano. O preço do quilo do gás na refinaria (sem impostos estaduais) é de R$ 0,48, sendo que R$ 0,26 é subsídio. A Folha procurou o Sindigás (Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo) na sexta-feira da semana passada, na segunda-feira desta semana e ontem, mas não conseguiu falar com Roberto Macedo, presidente do sindicato e única pessoa autorizada a falar pela entidade. Dados colhidos pela ANP indicam margens de lucro de R$ 13 na região Centro-Oeste, onde o botijão de 13 quilos sai por R$ 10 da refinaria, é vendido por R$ 17 para o posto ou revenda e chega a R$ 23 para o consumidor final. O preço mais alto do botijão de 13 quilos foi apurado no Acre, onde ele chega a R$ 29. No interior de São Paulo, o botijão custa R$ 6 na refinaria e chega a R$ 16,50 para o consumidor. (DA SUCURSAL DE BRASÍLIA) Texto Anterior: Panorâmica - Energia elétrica: Condomínios residenciais pagarão menos pelo consumo além da meta Próximo Texto: FHC se compromete a isentar as Bolsas da CPMF até o fim do ano Índice |
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