São Paulo, quinta-feira, 27 de setembro de 2001

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FHC se compromete a isentar as Bolsas da CPMF até o fim do ano

WILSON SILVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente FHC se comprometeu ontem a isentar as operações das Bolsas de Valores da CPMF até o fim deste ano. O próprio FHC vai anunciar a medida no pregão da Bovespa, segundo o presidente da instituição, Raymundo Magliano Filho.
Magliano foi recebido ontem por FHC no Palácio da Alvorada. Ele estava acompanhado do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
"É um compromisso formal do presidente. Até o final do ano estará extinta a CPMF para a Bolsa", disse Magliano. Lembrado de que o governo havia feito essa promessa por duas vezes antes, ele afirmou que agora é diferente. "Tenho certeza absoluta [da isenção"." A isenção é defendida pelo BC, mas a Receita é contra.
Segundo Magliano, ainda não está definida a forma pela qual a isenção será concedida -se por emenda constitucional, medida provisória ou decisão administrativa da Receita Federal.
Até o final do ano, segundo Paulinho, o governo deverá encontrar uma fonte de receita que substitua a arrecadação da CPMF no mercado financeiro, estimada em cerca de R$ 300 milhões.
Esse valor não é significativo, segundo Magliano, mas a isenção terá um impacto muito positivo. "Em primeiro lugar, deveremos parar a sangria, a migração dos investimentos para Nova York."
"Comprar ou vender ação em Nova York é quase 12 vezes mais barato do que no Brasil."
Os investidores pagam CPMF na compra e na venda de ações, atingindo 0,76%. "É caríssima", disse o presidente da Bovespa.



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