São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2008 |
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Vaivém das commodities MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br PEPRO PARA CANA 1 O Ministério da Agricultura vai implantar um programa de apoio aos produtores de cana do Nordeste. Dirigido aos produtores pequenos e independentes, o programa visa recompor a renda no setor, já que os preços atuais da cana estão abaixo dos custos de produção. PEPRO PARA CANA 2 A informação é do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Entre as medidas, o governo não descarta a implantação de um Pepro (subvenção econômica concedida ao produtor rural que se disponha a vender seu produto pela diferença entre o valor de referência estabelecido pelo governo e o valor do prêmio equalizador arrematado em leilão). PEPRO PARA CANA 3 "O Pepro é perfeitamente possível de ser feito, mas ainda não batemos o martelo", disse Stephanes. Alguma medida, com certeza, deve ser tomada para compensar esse descasamento entre custo e valor de venda do produto. "Eles [os produtores] não têm muitas opções." CRISE "O agronegócio será o último a pagar a conta." A afirmação é de Stephanes, ao se referir à crise financeira internacional originada nos EUA. Já houve queda nos preços, o fator especulação saiu do mercado e, mesmo que haja redução de demanda, a comida será a última a ser afetada, diz ele. APOSTA NO AÇÚCAR O mercado de açúcar está de olho na campanha eleitoral dos EUA, segundo a Bloomberg. Barack Obama apóia subsídios à produção de álcool nos EUA, à base de milho. Já John McCain é adepto de uma política comercial mais aberta para o álcool brasileiro, à base de cana-de-açúcar. ANÁLISE DE SETOR? O presidente mundial da Unilever, Patrick Cescau, acompanhado de oito diretores seniores do grupo, visitou a unidade Cruz Alta da Açúcar Guarani. Os dirigentes da Unilever, gigante nos setores de alimentação, higiene e limpeza, vieram em busca de informações sobre a cultura de cana-de-açúcar e de álcool. SEM DERIVATIVOS A SLC Agrícola, uma das principais produtoras agrícolas do país, avisa que não executa operações alavancadas com derivativos de câmbio. As operações realizadas têm objetivo exclusivo de travar margens. RENEGOCIAÇÃO O prazo para o produtor renegociar dívidas rurais termina na terça-feira. Quem não aderir não terá alongamento de prazos, descontos e cancelamento de multas, como prevê o recente pacote de renegociação. MOMENTO INOPORTUNO Rui Prado, da Famato (MT), diz que a renegociação demorou demais e esse prazo final é inoportuno. O produtor está às vésperas do plantio -quando tem mais gastos- e sofre forte redução de crédito, restringido ainda mais pelas medidas ambientais. CRISE MUNDIAL Prado ainda espera o adiamento do prazo, principalmente porque ele não condiz com o fluxo de caixa dos produtores. Se não houver adiamento, a partir de outubro deverá haver inadimplência, principalmente pelas novas condições impostas por essa crise financeira mundial, acredita ele. Texto Anterior: Crise não é o fim do poderio americano, afirma Rice Próximo Texto: Crise leva França a adiar déficit menor Índice |
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