São Paulo, sábado, 27 de outubro de 2007

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Empresa prepara nova coleção para atrair jovens da classe B

Divulgação
A atriz Camila Pitanga em campanha recente para a joalheria


JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

A H.Stern pretende lançar uma linha de jóias mais acessíveis, focadas no público jovem da classe B. Segundo Roberto Stern, responsável pela área de criação da joalheria, o crescimento da renda no país permite uma democratização do acesso ao mercado de jóias.
De acordo com Stern, a escolha da nova estrela da campanha publicitária da joalheria, Camila Pitanga, está relacionada a essa tentativa de aproximação com um jovem público consumidor.
"O projeto que estamos fazendo agora é de jóias mais acessíveis, que sejam interessantes e bonitas. A escolha da Camila Pitanga tem a ver com isso. Estávamos antes com estrelas de Hollywood e agora resolvemos trabalhar com uma estrela brasileira", disse em entrevista há duas semanas.
Questionado sobre a escolha de uma atriz que acaba de interpretar uma prostituta na novela "Paraíso Tropical" para a campanha de produto consumido principalmente nas classes de renda mais alta, Stern disse que a empresa resolveu fazer uma aposta ousada.
"O Brasil é um país sui generis. É uma provocação porque o personagem dela teoricamente estava errado, mas deu certo. As pessoas começaram a querer se vestir como ela e ver o que ela aprendia. Existem pessoas assim, como a Kate Moss ou a Vera Fischer", afirmou.
Stern participou no Rio do seminário "A propriedade intelectual e a indústria da moda", promovido pelo Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
Ele contou como a partir de 1995 a empresa implantou uma nova estrutura organizacional e fez com que as jóias passassem a ter a identidade da marca. O Brasil é o principal mercado para a joalheria, que tem lojas em diversos países, além de distribuição em lojas de departamento e franquias.

Grupo Corpo
A joalheria estuda uma parceria com o Grupo Corpo, de dança contemporânea, de Minas Gerais. Stern não quis adiantar detalhes nem a data de lançamento da coleção.
Durante a apresentação, Stern manifestou preocupação com o avanço da pirataria e das cópias de produtos. Relatou que em 2001 chegou a encontrar um falsificador com um estoque maior do que o da própria joalheria. "A legislação aqui existe, protege e tem eficácia. O que é caro é a empresa tomar alguma providência. A cópia é ofensiva para quem comprou o original", disse.


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