DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), o resultado do IBGE reflete só o passado. "O quarto trimestre vai mostrar concretamente a inversão da curva de crescimento." Ele ainda disse que o crescimento que se iniciaria nesse trimestre deve se sustentar ao longo de 2004.
O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, disse que, embora não tenha sido surpresa, o desempenho do PIB divulgado ontem ficou abaixo do desejado. "O resultado não foi surpresa porque não ficou abaixo das expectativas, mas ficou abaixo do desejado."
"Se dependesse de mim, seria bem maior. Mas falo isso como pessoa, e não como governo", disse o ministro. Segundo ele, o atual governo já sabia que 2003 seria um ano difícil e que o quadro não seria revertido a curto prazo.
Procurado pela Folha, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, que, na segunda, qualificou de "momento de mau humor" uma projeção do Ministério da Fazenda de crescimento de 0,4% do PIB para 2003, não quis falar sobre o dado divulgado. Ele prevê crescimento de 0,8% no ano.
Documento do Ministério do Planejamento, assinado por José Carlos Mirada, chefe da assessoria econômica, conclui, após analisar os dados, que "o resultado do terceiro trimestre representa o início da retomada do crescimento".
Miranda, que atribui a retomada ao desempenho da indústria de transformação, prevê maior crescimento no quarto trimestre.
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, afirmou que o crescimento neste ano "talvez seja um pouquinho menor que 1%". Levy, que não quis fazer estimativas mais precisas, disse que o resultado divulgado pelo IBGE "é bastante consistente com a retomada do crescimento da economia que estamos observando".


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