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São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 2003

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Rendimento e emprego caem, afirma IBGE

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O pequeno crescimento da economia verificado no terceiro trimestre foi insuficiente para ter impacto positivo no mercado de trabalho. O número de desempregados entre julho e setembro subiu, e o rendimento do trabalhador caiu.
Dados do IBGE mostram que o número de desempregados passou de 2,735 milhões nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo instituto para 2,781 milhões de julho a setembro deste ano. Cresceu 1,68% em números absolutos.
Nas seis regiões metropolitanas, a taxa de desemprego passou de 12,8% em julho para 12,9% em setembro. No ano passado, a taxa caiu de 11,9% em julho para 11,5% em setembro.
O rendimento médio real de quem estava no mercado de trabalho passou de R$ 841,91 em julho deste ano para R$ 834,20 em setembro, de acordo com o IBGE. Só em setembro deste ano caiu 14,6% na comparação com igual mês de 2002 -a nona queda consecutiva.
"Com os juros elevados, não há como atrair investimentos que propiciem mais contratação e queda no desemprego", diz Cimar Azeredo Pereira, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. Segundo ele, nesta época do ano, o desemprego deveria recuar e o rendimento começar a dar sinais de melhora, uma vez que a economia está mais aquecida por causa da proximidade do final do ano. "O problema é que só cresce o emprego no mercado informal."
Para o coordenador do Dieese, Sérgio Mendonça, o desemprego só cai se o país crescer mais de 4% ao ano. Ele cita que, em 2000, quando o crescimento do PIB foi de 4,4%, a taxa média de desemprego caiu para 17,6%. Em 1999, havia sido 19,3%.


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