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Escalada de preços atrai investidores
DA REPORTAGEM LOCAL
A inflação em alta fez explodir a
procura por fundos de investimento e títulos públicos que seguem a elevação dos preços. Essas
aplicações existem no mercado há
anos, mas a inflação contida as
mantinha em segundo plano.
Com o IGP-M cada vez mais alto, os fundos atrelados a esse índice se tornaram coqueluche em
pouco tempo. Um dos maiores do
mercado, o FIF Capital da CEF
(Caixa Econômica Federal), viu
seu patrimônio pular de R$ 140
milhões em agosto para R$ 2,55
bilhões no fim de novembro.
Esses fundos são formados basicamente por títulos do governo
atrelados ao IGP-M, as NTN-C
(Notas do Tesouro Nacional série
C). A maior demanda por parte
das instituições financeiras fez o
governo realizar vários leilões extraordinários para oferecer os títulos. Para o governo, a vantagem
é que o mercado passou a aceitar
papéis com prazos mais longos,
com resgate em 2008, 2017 e até
2021.
A euforia pelos fundos atrelados
à inflação pegou muitas instituições financeiras desprevenidas.
Algumas tiveram de criar o produto de última hora para atender
a investidores que queriam lucrar
algo com a escalada dos preços.
O medo de que o IGP-M perca
força nos próximos meses e que,
consequentemente, os investidores abandonem os fundos da
mesma forma rápida com que os
procuraram levou bancos a fecharem suas portas a novas captações.
O receio das instituições é que
não haja recursos para compensar os saques se esse movimento
começar de forma rápida.
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