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No Senado, BC responde a crítica de Soros
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O diretor de Política Econômica do Banco Central,
Afonso Bevilaqua, disse que
a política econômica não deve ser "mais ousada ou menos ousada, mas responsável".
Bevilaqua respondia a
uma provocação feita pelo
senador César Borges (PFL-BA), que lembrou os comentários do megainvestidor
George Soros no Fórum
Econômico Mundial na semana passada. Soros disse
que a política econômica
brasileira estava sendo muito conservadora.
O diretor não respondeu,
porém, quando o senador
lembrou que o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, anunciou nesta semana
uma redução de até quatro
pontos percentuais na taxa
básica de juros até o final do
ano.
O BC, por meio do Comitê
de Política Monetária, decide se os juros vão cair ou
não. Na última reunião,
ocorrida na semana passada, o comitê decidiu manter
a taxa atual de 16,5% ao ano,
o que surpreendeu a maioria
do mercado financeiro, que
esperava queda de meio
ponto percentual.
Bevilaqua preferiu relacionar vários dados indicativos
de aumento do crescimento
econômico. E lembrou que o
mercado futuro está apontando para uma taxa de juros real de 8% a 9,5% para o
final deste ano. Para o diretor, a retomada do emprego
depende de uma atividade
econômica estável. "A ousadia às vezes tem um preço alto", comentou.
Autonomia
Mais tarde, durante o debate na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado,
Bevilaqua aproveitou uma
referência à autonomia do
BC para defender uma
maior independência da instituição.
O secretário de Política
Econômica, Marcos Lisboa,
disse, porém, que a discussão sobre a gestão do Banco
Central tem cerca de 20 anos
e ainda não existe uma fórmula ideal no mundo.
Embora haja uma defesa
pública por parte do governo da autonomia do BC, não
existe dentro do Planalto
consenso acerca do assunto.
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