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Justiça de São Paulo analisa ação contra TIM
Pedido é de síndico de massa falida da Tecnosistemi
JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça de São Paulo vai
analisar pedido de falência da
TIM Brasil, segunda maior empresa de telefonia móvel no
país.
A solicitação, feita em dezembro, é a extensão do pedido
de falência da Tecnosistemi,
antiga fornecedora da TIM. O
autor do pedido é o síndico da
massa falida da Tecnosistemi,
Alfredo Luiz Kugelmas.
A TIM Brasil é um dos braços
nacionais da Telecom Itália. O
outro é a Brasil Telecom, operadora de telefonia fixa das regiões Norte, Centro-Oeste e
Sul.
A Tecnosistemi, subsidiária
da companhia italiana que leva
o mesmo nome, atuou no Brasil
entre 1999 e 2004. Nesse período a empresa ficou responsável
por construir e implantar a rede de antenas usadas pela TIM
Brasil. Depois, entrou em concordata. À época, suas dívidas
chegavam a R$ 100 milhões.
Além da Justiça brasileira, o
Ministério Público italiano está
interessado no caso. Procuradores de Milão desconfiam que
a Tecnosistemi brasileira e suas
coligadas eram, na verdade, "laranjas" da Telecom Italia.
A hipótese levantada por eles
é que essas fornecedoras existiam para encobrir transações
financeiras irregulares, inclusive repasse de dinheiro a políticos brasileiros. A expectativa
dos procuradores italianos é
anunciar o resultado das investigações em, no máximo, dois
meses.
Telecom Italia
A Telecom Italia, por meio de
sua assessoria, afirmou que
"não deve e não tem relacionamento com a Tecnosistemi,
tampouco com qualquer empresa a ela relacionada". "Qualquer notificação ou demanda
judicial que eventualmente a
Telecom Italia venha a receber
será analisada e respondida nos
prazos estabelecidos", disse a
assessoria da tele.
O Ministério Público italiano
investiga os motivos pelos
quais a Tecnosistemi e suas coligadas fizeram grandes remessas de dinheiro ao exterior pouco antes de quebrar. Outro indício considerado suspeito pelos procuradores foi a existência de rodízio no comando da
TIM Brasil e da Tecnosistemi.
A Folha não conseguiu localizar os atuais advogados que
cuidam da falência brasileira
da Tecnosistemi. Dois advogados que acompanhavam o caso
não atuam mais no processo.
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