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Vale pode anunciar oferta pela Xstrata nesta semana
Empresa consegue US$ 50 bi de bancos, diz jornal
DA REDAÇÃO
A Vale, maior produtora de
minério de ferro do mundo, está prestes a revelar a proposta
de aquisição da anglo-suíça
Xstrata, avaliada em mais de
US$ 80 bilhões, afirmou um
jornal britânico ontem.
O "Observer" afirmou, sem
citar fontes, que um acordo pode ser anunciado nesta semana
e que a Vale daria metade do capital em dinheiro e o restante
em ações preferenciais.
Em valor de mercado, estimado em US$ 122 bilhões, a Vale é a segunda mineradora do
mundo. A primeira no ranking,
a australiano-britânica BHP
Billiton, prepara oferta pela rival Rio Tinto. Por isso, a Vale
estaria avançando sobre a
Xstrata, que tem ações negociadas na Bolsa de Londres.
Se os dois negócios se materializarem, a mineração contará com duas "gigantes" com posição de destaque em recursos cruciais -como a exploração
de ferro, cobre e alumínio.
Prazos
A BHP tem até 6 de fevereiro
para apresentar uma oferta formal pela Rio Tinto ou se retirar
do negócio, segundo determinou o órgão regulador de aquisições do Reino Unido. A Rio
Tinto rechaçou, em novembro
do ano passado, uma proposta
da BHP por avaliar que a companhia não tinha as suas perspectivas de negócios avaliadas
da melhor forma.
Em outra reportagem ontem,
o "Sunday Times" afirmou que
a Vale conseguiu um pacote de
financiamento de US$ 50 bilhões com um grupo de grandes
bancos depois que seu diretor
de finanças, Fábio Barbosa, se
reuniu com representantes de
12 instituições financeiras na
semana passada em Londres.
O HSBC está liderando um
consórcio que incluiria Santander, BNP Paribas, Lehman Brothers, Credit Suisse e Citigroup, segundo a reportagem.
A Vale confirmou na semana
passada que estava em negociações com a Xstrata, mas alertou
de que a turbulência nos mercados globais apresentavam
um obstáculo significativo.
Governo
A empresa também precisará
vencer as resistências no governo brasileiro. Auxiliar direto do
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva disse à Folha na semana
passada que as restrições do
governo à possibilidade de a
Vale comprar a Xstrata se devem ao receio da repetição do
"efeito AmBev". O governo teme que o negócio seja o primeiro passo para que o centro de
decisão da empresa se transfira
do Brasil para o exterior.
Criada em 1999, a AmBev resultou da fusão de Antarctica e
Brahma. Em 2004, a AmBev se
fundiu com o grupo belga Interbrew, e a Europa passou a
ditar os rumos da companhia.
Com agências internacionais
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