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São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 2003

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Após tombo, indústria iguala expansão do PIB

DA SUCURSAL DO RIO

Depois de sofrer uma queda em 2001, o PIB (Produto Interno Bruto) industrial reagiu nos últimos meses do ano passado e cresceu 1,52% em 2002. Em 2001, havia registrado uma retração de 0,31%, segundo o IBGE.
Apesar da instabilidade econômica do final de 2002, a indústria teve nesse período seu melhor desempenho. Cresceu 4,9% no segundo semestre -no último trimestre, a expansão foi de 6,92%.
Em 2001, o setor foi castigado pelo racionamento de energia e pelos atentados contra os EUA. Por isso, a base comparação é fraca, o que auxiliou a recuperação. Mas não foi só isso: o bom desempenho do setor extrativo mineral (10,4%), impulsionado pelo aumento da produção de petróleo, também favoreceu a indústria.
"A indústria teve um impulso extra pela fraca base. Outubro de 2001, por exemplo, foi um pico histórico de baixa. Houve, porém, o impulso dos setores exportadores, como aço e papel e celulose, beneficiados pelo câmbio", afirmou Juan Pedro Janssen, da Tendências Consultoria.
Os demais ramos computados no cálculo do PIB ficaram mais ou menos estáveis. Serviços tiveram expansão de 1,49% -foi de 1,86% em 2001. Agropecuária subiu 5,79%, no mesmo nível do crescimento registrado no ano anterior (5,71%). Com isso, o setor mantém a tradição de se expandir nos últimos anos sempre a taxas maiores do que a média do PIB.
O PIB geral de 2002 só não foi maior porque os impostos que incidem sobre produtos (ICMS, IPI e de importação) sofreram uma redução de 0,98%. Descontada essa queda, o crescimento da economia teria sido de 1,84%, considerando o preço básico dos itens, sem a tributação neles incidente.
Segundo o IBGE, a diminuição das importações, que são taxadas, explica em parte a queda dos impostos, além da menor alíquota do IPI determinada no ano passado para alguns produtos.
Para o economista Roberto Olinto, do IBGE, o desempenho favorável da agropecuária, da extrativa mineral e de certos ramos industriais são reflexo do crescimento das exportações.


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