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São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 2003

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ENERGIA

No dia, barril fechou em queda de 1,3%, a US$ 37,2, com diminuição do nível de vigilância sobre ataques terroristas

Alerta amarelo segura preço do petróleo

DA REDAÇÃO

O barril de petróleo atingiu ontem a sua maior cotação desde 1990, quando chegou a ser vendido por US$ 41,15. Naquele ano, o Iraque invadiu o Kuait, fato que deu origem à Guerra do Golfo, em 1991. Pela manhã, o barril do petróleo de referência (tipo "light") com entrega em abril chegou a ser comercializado a US$ 39,99.
No final do dia, porém, a cotação caiu e fechou a US$ 37,2, com queda de 1,3% ante quarta-feira.
A diminuição do nível do alerta dos Estados Unidos sobre possíveis ataques terroristas acalmou o mercado. O alerta, agora, é de cor amarela, que representa um risco intermediário de ameaça. No último dia 7 de fevereiro, o alerta havia passado a laranja, que é o segundo mais alto, seguindo orientação dos serviços de inteligência.
Um negociante da Bolsa Mercantil de Nova York disse que o mercado não poderia ultrapassar US$ 40, e a queda começou neste ponto. Ele ressalta, no entanto, que US$ 37 ainda é um preço muito alto.
Em Londres, o barril tipo "brent" fechou o dia cotado a US$ 33,04, com uma pequena queda de 0,9%.
O mercado permaneceu agitado com o discurso duro do presidente americano, George W. Bush. Ele afirmou que qualquer plano do Iraque para destruir armas proibidas era parte de uma "campanha de decepção" e convocou Bagdá a se desarmar completamente.
A possibilidade de nova guerra entre Estados Unidos e Iraque e a queda nos estoques americanos de petróleo e derivados têm sido as principais razões apontadas para a elevação nos preços do produto, que subiu quase 80% nos últimos 12 meses.
O inverno rigoroso deste ano em algumas regiões do país tem aumentado o consumo de óleo para calefação. Com isso, o nível dos reservatórios cai. De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, as reservas de óleo para calefação caíram 3,9 milhões de barris na semana que terminou em 21 de fevereiro, ficando em 36,1 milhões de barris, uma queda de 33% em 12 meses.
O secretário de Energia dos EUA, Spencer Abraham, afirmou na terça-feira que liberará o uso das reservas estratégicas de petróleo do país, que somam 600 milhões de barris, se o fornecimento do produto for afetado pela guerra. A última vez que as reservas foram usadas foi em setembro de 2000, quando o barril chegou a ser vendido por US$ 37,8.


Com agências internacionais


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