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ENERGIA
No dia, barril fechou em queda de 1,3%, a US$ 37,2, com diminuição do nível de vigilância sobre ataques terroristas
Alerta amarelo segura preço do petróleo
DA REDAÇÃO
O barril de petróleo atingiu ontem a sua maior cotação desde
1990, quando chegou a ser vendido por US$ 41,15. Naquele ano, o
Iraque invadiu o Kuait, fato que
deu origem à Guerra do Golfo, em
1991. Pela manhã, o barril do petróleo de referência (tipo "light")
com entrega em abril chegou a ser
comercializado a US$ 39,99.
No final do dia, porém, a cotação caiu e fechou a US$ 37,2, com
queda de 1,3% ante quarta-feira.
A diminuição do nível do alerta
dos Estados Unidos sobre possíveis ataques terroristas acalmou o
mercado. O alerta, agora, é de cor
amarela, que representa um risco
intermediário de ameaça. No último dia 7 de fevereiro, o alerta havia passado a laranja, que é o segundo mais alto, seguindo orientação dos serviços de inteligência.
Um negociante da Bolsa Mercantil de Nova York disse que o
mercado não poderia ultrapassar
US$ 40, e a queda começou neste
ponto. Ele ressalta, no entanto,
que US$ 37 ainda é um preço
muito alto.
Em Londres, o barril tipo
"brent" fechou o dia cotado a US$
33,04, com uma pequena queda
de 0,9%.
O mercado permaneceu agitado
com o discurso duro do presidente americano, George W. Bush.
Ele afirmou que qualquer plano
do Iraque para destruir armas
proibidas era parte de uma "campanha de decepção" e convocou
Bagdá a se desarmar completamente.
A possibilidade de nova guerra
entre Estados Unidos e Iraque e a
queda nos estoques americanos
de petróleo e derivados têm sido
as principais razões apontadas
para a elevação nos preços do
produto, que subiu quase 80%
nos últimos 12 meses.
O inverno rigoroso deste ano
em algumas regiões do país tem
aumentado o consumo de óleo
para calefação. Com isso, o nível
dos reservatórios cai. De acordo
com o Departamento de Energia
dos EUA, as reservas de óleo para
calefação caíram 3,9 milhões de
barris na semana que terminou
em 21 de fevereiro, ficando em
36,1 milhões de barris, uma queda
de 33% em 12 meses.
O secretário de Energia dos
EUA, Spencer Abraham, afirmou
na terça-feira que liberará o uso
das reservas estratégicas de petróleo do país, que somam 600 milhões de barris, se o fornecimento
do produto for afetado pela guerra. A última vez que as reservas foram usadas foi em setembro de
2000, quando o barril chegou a ser
vendido por US$ 37,8.
Com agências internacionais
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