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TRABALHO
Reunião acontece na DRT em São Paulo; contratos perdidos com paralisação podem levar a corte de vagas, diz empresa
Governo negocia acordo entre GM e grevistas
ELIANE MENDONÇA
EDITORA-ASSISTENTE DA FOLHA VALE
A greve dos 10,5 mil trabalhadores da GM (General Motors) e de
sua subsidiária, a GM Powertrain,
em São José dos Campos, que
completa sete dias, tem hoje sua
primeira rodada de negociação
com a intermediação do Ministério do Trabalho.
A discussão, da qual participará
o secretário de Relações do Trabalho, Osvaldo Bargas, acontecerá a
partir das 15h na sede da DRT
(Delegacia Regional do Trabalho), em São Paulo, e promete ser
dura. No final de semana, as posições de ambos os lados permaneciam irredutíveis e foram acirradas por carta enviada no sábado,
pela empresa, às casas dos empregados.
Nela, a GM reafirma que "o abono [de R$ 900 a ser pago em duas
parcelas] é a única solução possível neste momento". A empresa
diz que, devido à greve, poderá
perder contratos, o que resultaria
"na perda de postos de trabalho".
Já o sindicato dos metalúrgicos
pretende manter a paralisação
hoje, e convocou duas assembléias na GM -uma às 5h30 e outra às 14h30. O objetivo, segundo
a direção da entidade, é informar
aos trabalhadores que as negociações não progrediram no final de
semana e que a posição do sindicato é manter a paralisação enquanto aguarda o resultado das
negociações que ocorrerão hoje à
tarde.
Além da reunião na DRT, o sindicato dos metalúrgicos deverá
reunir-se também com o Sinfavea
(Sindicato dos Fabricantes de
Veículos Automotores), a partir
das 10h.
A reunião na DRT, entre Bargas,
a GM e os grevistas, foi solicitada
pelo ministro do Trabalho, Jaques
Wagner. "O Bargas ligou na sexta-feira agendando a reunião. Ele
disse que eles [o governo federal"
estavam preocupados com a situação e que, como governo, a
única coisa que poderiam fazer
era intermediar as negociações",
disse Luiz Carlos Prates, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
A greve dos metalúrgicos da
GM, iniciada na terça-feira da semana passada, dia 22 deste mês,
foi considerada abusiva pelo TRT
(Tribunal Regional do Trabalho),
que determinou que os funcionários voltassem ao trabalho, imediatamente, além de autorizar a
empresa a descontar dos trabalhadores os dias parados.
No entanto em assembléia os
trabalhadores decidiram permanecer em greve até que a empresa
aceite as reivindicações. Os trabalhadores querem reajuste salarial
de 10,39% relativo à inflação acumulada entre novembro do ano
passado e fevereiro deste ano,
além de gatilho salarial toda vez
que a inflação superar 3%.
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