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São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2003

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MERCADO

Papel brasileiro acumula alta superior a 28%

C-Bond é destaque entre os títulos da dívida de emergentes em 2003

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Investidores e fundos que migraram para os títulos da dívida brasileira no final do ano passado não estão arrependidos. Os C-Bonds, papéis da dívida brasileira mais negociados, são destaque entre os títulos de países emergentes, com valorização acumulada no ano superior a 28%.
Atrás dos C-Bonds vem o FRB da Argentina, com ganho de 14,1% no ano. Mas a situação dos papéis brasileiros é bem diferente, pois a Argentina declarou moratória de sua dívida externa no final de 2001. O apetite dos investidores ao risco aumentou no início deste ano. Isso fez com que a maioria dos títulos da dívida dos países emergentes acumulasse resultado positivo no ano. Dentre as exceções estão Uruguai e Coréia do Sul, que amargam perdas.
"Os C-Bonds haviam perdido muito no ano passado, quando o título foi vítima de fortes especulações, especialmente no período pré-eleitoral. Como a política econômica adotada pelo atual governo tem agradado ao mercado, a recuperação era esperada", afirma Charles Phillipp, diretor da SLW Corretora.
O C-Bond já recuperou com folga o valor perdido no ano passado. No final de setembro do ano passado, o C-Bond chegou ao fundo do poço, negociado a US$ 0,4881. Na última sexta-feira, o título fechou vendido a US$ 0,8594. Entre as duas datas, a valorização do papel chega a 76%.
Na avaliação de Eduardo Fornazier, gestor da Santos Asset Management, os papéis brasileiros também se beneficiaram com as dúvidas dos investidores em relação a outros países latinos, como o México, fortemente dependente do desempenho da economia dos EUA, que não anda tão bem.


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