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MERCADO
Papel brasileiro acumula alta superior a 28%
C-Bond é destaque entre os títulos da dívida de emergentes em 2003
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Investidores e fundos que migraram para os títulos da dívida
brasileira no final do ano passado
não estão arrependidos. Os C-Bonds, papéis da dívida brasileira
mais negociados, são destaque
entre os títulos de países emergentes, com valorização acumulada no ano superior a 28%.
Atrás dos C-Bonds vem o FRB
da Argentina, com ganho de
14,1% no ano. Mas a situação dos
papéis brasileiros é bem diferente,
pois a Argentina declarou moratória de sua dívida externa no final de 2001. O apetite dos investidores ao risco aumentou no início
deste ano. Isso fez com que a
maioria dos títulos da dívida dos
países emergentes acumulasse resultado positivo no ano. Dentre as
exceções estão Uruguai e Coréia
do Sul, que amargam perdas.
"Os C-Bonds haviam perdido
muito no ano passado, quando o
título foi vítima de fortes especulações, especialmente no período
pré-eleitoral. Como a política econômica adotada pelo atual governo tem agradado ao mercado, a
recuperação era esperada", afirma Charles Phillipp, diretor da
SLW Corretora.
O C-Bond já recuperou com folga o valor perdido no ano passado. No final de setembro do ano
passado, o C-Bond chegou ao
fundo do poço, negociado a US$
0,4881. Na última sexta-feira, o título fechou vendido a US$ 0,8594.
Entre as duas datas, a valorização
do papel chega a 76%.
Na avaliação de Eduardo Fornazier, gestor da Santos Asset Management, os papéis brasileiros
também se beneficiaram com as
dúvidas dos investidores em relação a outros países latinos, como
o México, fortemente dependente
do desempenho da economia dos
EUA, que não anda tão bem.
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