São Paulo, sábado, 28 de abril de 2007

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Bolsa reage, mas termina a semana em baixa

Apesar da queda, Bovespa se valoriza em 7,48% no mês

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Após uma abertura ruim, a Bolsa de Valores de São Paulo se recuperou no fim das operações. Mas a alta de 0,33% registrada ontem não foi suficiente para tirar a Bovespa do terreno negativo no balanço da semana.
Com baixa de 30 ações dentre as 58 que compõem o índice Ibovespa, o resultado foi uma queda de 0,36% acumulada pelo mercado acionário brasileiro na semana. Apesar de a semana ter sido mais fraca, a Bovespa ainda acumula considerável valorização de 7,48% no mês.
A divulgação de um crescimento abaixo do esperado no PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos no primeiro trimestre do ano desapontou os investidores. Pela manhã, a Bovespa chegou a operar com perdas de 1,54%.
As Bolsas americanas registraram perdas durante boa parte do pregão, mas acabaram por encerrar o dia em alta.
O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, fechou com elevação de 0,12%, com nova pontuação recorde (13.120 pontos).
A Bolsa eletrônica Nasdaq subiu 0,11% e foi a seu maior patamar em seis anos.
A economia americana mostrou crescimento de 1,3% no primeiro trimestre, enquanto os analistas trabalhavam com uma expansão em torno de 1,8%. Foi o mais fraco resultado em quatro anos.
Resultados corporativos acabaram ofuscando o desânimo causado pelos débeis números da economia dos EUA e ajudaram as Bolsas a saírem do vermelho ontem.
Um dos destaques do dia foi a Microsoft, que divulgou forte lucro trimestral e viu suas ações subirem 3,5%.
Analistas também lembraram que uma economia menos robusta que o esperado espanta o temor de que os juros poderiam voltar a subir nos EUA. Para o mercado acionário, quanto menor o juro melhor.
"Após o dado pior do que o esperado do PIB nos EUA, a próxima semana ganha ainda mais importância, devido à quantidade de indicadores econômicos relevantes, tanto de atividade quanto de inflação. É esperada volatilidade mais acentuada nos mercados acionários", avalia Julio Martins, diretor da Prosper Gestão de Recursos.

Calmaria no câmbio
O dólar terminou ontem com alta de 0,20%, sendo vendido a R$ 2,032 no fim das operações.
O BC não deixou de marcar presença no mercado: comprou dólares das instituições financeiras e vendeu títulos que têm efeito de compras de moeda no mercado futuro.
Nas operações que fez no mercado à vista e futuro durante a semana, o BC pode ter movimentado algo em torno de US$ 5 bilhões. Mesmo assim, a moeda norte-americana teve uma valorização de apenas 0,20% na semana.

Ações
As maiores valorizações da Bolsa paulista na semana ficaram com papéis de diferentes segmentos.
No topo, apareceu a ação preferencial da Transmissão Paulista, que subiu 11,65%. Na seqüência vieram Vivo PN (alta de 9,47%) e Braskem PNA (9,08%). A ação ordinária do Submarino também teve bom desempenho no período, ganhando 4,85%.
Quem decepcionou mais uma vez foi a Petrobras. Os papéis preferenciais da estatal petrolífera, que são os de maior peso na Bovespa, caíram 1,91% na semana.
A maior queda do período ficou com o papel PNB da Celesc, que recuou 4,61%.


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