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Bolsa reage, mas termina a semana em baixa
Apesar da queda, Bovespa se valoriza em 7,48% no mês
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Após uma abertura ruim, a
Bolsa de Valores de São Paulo
se recuperou no fim das operações. Mas a alta de 0,33% registrada ontem não foi suficiente
para tirar a Bovespa do terreno
negativo no balanço da semana.
Com baixa de 30 ações dentre as 58 que compõem o índice
Ibovespa, o resultado foi uma
queda de 0,36% acumulada pelo mercado acionário brasileiro
na semana. Apesar de a semana
ter sido mais fraca, a Bovespa
ainda acumula considerável valorização de 7,48% no mês.
A divulgação de um crescimento abaixo do esperado no
PIB (Produto Interno Bruto)
dos Estados Unidos no primeiro trimestre do ano desapontou
os investidores. Pela manhã, a
Bovespa chegou a operar com
perdas de 1,54%.
As Bolsas americanas registraram perdas durante boa parte do pregão, mas acabaram por
encerrar o dia em alta.
O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, fechou com elevação de 0,12%,
com nova pontuação recorde
(13.120 pontos).
A Bolsa eletrônica Nasdaq
subiu 0,11% e foi a seu maior
patamar em seis anos.
A economia americana mostrou crescimento de 1,3% no
primeiro trimestre, enquanto
os analistas trabalhavam com
uma expansão em torno de
1,8%. Foi o mais fraco resultado
em quatro anos.
Resultados corporativos acabaram ofuscando o desânimo
causado pelos débeis números
da economia dos EUA e ajudaram as Bolsas a saírem do vermelho ontem.
Um dos destaques do dia foi a
Microsoft, que divulgou forte
lucro trimestral e viu suas
ações subirem 3,5%.
Analistas também lembraram que uma economia menos
robusta que o esperado espanta
o temor de que os juros poderiam voltar a subir nos EUA.
Para o mercado acionário,
quanto menor o juro melhor.
"Após o dado pior do que o
esperado do PIB nos EUA, a
próxima semana ganha ainda
mais importância, devido à
quantidade de indicadores econômicos relevantes, tanto de
atividade quanto de inflação. É
esperada volatilidade mais
acentuada nos mercados acionários", avalia Julio Martins,
diretor da Prosper Gestão de
Recursos.
Calmaria no câmbio
O dólar terminou ontem com
alta de 0,20%, sendo vendido a
R$ 2,032 no fim das operações.
O BC não deixou de marcar
presença no mercado: comprou dólares das instituições financeiras e vendeu títulos que
têm efeito de compras de moeda no mercado futuro.
Nas operações que fez no
mercado à vista e futuro durante a semana, o BC pode ter movimentado algo em torno de
US$ 5 bilhões. Mesmo assim, a
moeda norte-americana teve
uma valorização de apenas
0,20% na semana.
Ações
As maiores valorizações da
Bolsa paulista na semana ficaram com papéis de diferentes
segmentos.
No topo, apareceu a ação preferencial da Transmissão Paulista, que subiu 11,65%. Na seqüência vieram Vivo PN (alta
de 9,47%) e Braskem PNA
(9,08%). A ação ordinária do
Submarino também teve bom
desempenho no período, ganhando 4,85%.
Quem decepcionou mais
uma vez foi a Petrobras. Os papéis preferenciais da estatal petrolífera, que são os de maior
peso na Bovespa, caíram 1,91%
na semana.
A maior queda do período ficou com o papel PNB da Celesc,
que recuou 4,61%.
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