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Posto autuado 24 vezes pela ANP tem alvará de funcionamento cassado em SP
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um posto de gasolina que já
tinha sido autuado 24 vezes pela ANP (Agência Nacional do
Petróleo) e continuava funcionando irregularmente teve seu
alvará de funcionamento cassado ontem à tarde por determinação direta do prefeito Gilberto Kassab, que participou de
ação fiscalizatória junto com o
diretor do Contru (Departamento de Controle de Uso de
Imóveis), Wagner Pasotti, e do
secretário da Habitação, Orlando de Almeida. De lá, funcionários do Contru se dirigiram a
uma delegacia e pediram abertura de inquérito criminal.
Segundo a ANP, São Paulo é o
Estado recordista em casos de
rompimento de lacre após interdição do estabelecimento.
Em 2006, enquanto foram registrados sete casos no Estado
do Rio de Janeiro, dois no Paraná e nenhum em Minas Gerais,
São Paulo teve 106 casos registrados. "É um mercado complicado, dos piores. O fiscal vira a
esquina e o proprietário rompe
o lacre e volta a vender o combustível", afirma Sheyla de Oliveira, coordenadora de fiscalização da agência.
Segundo a ANP, não há explicação aparente para essa maior
incidência, nem o fato de o Estado paulista concentrar 10 mil
postos - o equivalente a 40% -
do total de 35 mil postos no
país. "São audaciosos demais.
Precisamos de uma atuação
junto com os demais órgãos. É
importante essa iniciativa da
prefeitura de tomar a frente e
fechar o posto, afinal o objetivo
da adulteração de combustível
é a sonegação fiscal e o Estado é
o maior prejudicado."
Localizado no bairro Vila
Guilherme, na capital paulista,
o Hebrom Auto Posto foi autuado e interditado pela ANP
dez vezes por comercializar
combustível fora das especificações de qualidade, além de
ter recebido 14 notificações por
outras irregularidades.
Em todas as vezes, o proprietário rompeu o lacre e voltou a
abrir o estabelecimento sem
tomar as medidas exigidas pela
fiscalização. Também o Contru
já havia fechado o estabelecimento por duas vezes por falta
de alvará de funcionamento,
condições de segurança nos
equipamentos (tanque e bombas) e intimado a realizar obras
de ajuste.
Quando autua um estabelecimento, a ANP instaura um processo administrativo e, após
seu julgamento - quando o dono do estabelecimento tem
duas oportunidades de se defender-, é aplicada multa que
varia de R$ 20 mil a R$ 5 milhões. A Agência só pode cancelar a autorização de funcionamento após a segunda reincidência de processo já concluído. "O problema é que geralmente os proprietários recorrem na ANP ou no Judiciário.
Além disso, eles geralmente são
"laranjas", e simplesmente não
pagam as multas."
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