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EUA crescem a ritmo mais lento desde 2003
Expansão de 1,3% no 1º trimestre ficou abaixo das expectativas dos analistas; apesar disso, Bolsas fecham com leve alta
Crise no mercado residencial imobiliário, com 6ª queda trimestral consecutiva nas
construções, foi principal fator a barrar a expansão
JEREMY W. PETERS
DO "NEW YORK TIMES"
O crescimento econômico
durante os três primeiros meses do ano foi o mais lento desde o começo de 2003, quando
os EUA ainda estavam emergindo de uma recessão, anunciou ontem o governo.
Em seu relatório preliminar
sobre o crescimento econômico, o Departamento do Comércio informou que o PIB do país
se expandiu em 1,3% no primeiro trimestre, a marca mais
baixa desde o primeiro trimestre de 2003 e pouco mais de
metade dos 2,5% registrados
no quarto trimestre de 2006.
A crise no mercado imobiliário residencial foi o fator mais
negativo para o crescimento,
como vem ocorrendo nos últimos quatro trimestres. A construção residencial sofreu queda
anualizada de 17%, no sexto trimestre consecutivo de declínio.
Mas as empresas enxugaram
seus estoques, as exportações
caíram -com aumento do déficit comercial- e os gastos militares do governo recuaram.
No entanto, os consumidores
americanos continuam a gastar, o que ajudou a manter a
economia em movimento.
Em Wall Street, os economistas haviam previsto uma
queda no crescimento, ainda
que não tão acentuada.
O crescimento lento não bastou para conter a inflação, que
subiu em parte devido à ascensão nos custos da energia. O índice que mede a razão entre os
preços e o PIB, uma ferramenta
para avaliar as flutuações de
preços, registrou 4% de alta no
primeiro trimestre, a maior em
16 anos. Outro indicador de inflação, que exclui os componentes voláteis como alimentos e energia e é acompanhado
com interesse especial pelo Federal Reserve (Fed, o banco
central dos EUA), registrou alta
anualizada de 2,2%, ante 1,8%
no quarto trimestre.
Os preços das ações ontem
refletiram as mensagens conflitantes do relatório, abrindo
em baixa modesta. O índice industrial médio Dow Jones e o
Standard & Poor's 500 caíram
ligeiramente na abertura, mas
o Nasdaq subiu um pouco. No
final dos trabalhos, o Dow Jones teve alta de 0,12%, e o Nasdaq, de 0,11%. Assim que o relatório do PIB foi divulgado, a cotação do dólar diante do euro
caiu a um recorde de baixa
A despeito da desaceleração
econômica, o mercado de ações
vem batendo recordes nas últimas semana. Pela primeira vez,
o Dow Jones ultrapassou os 13
mil pontos nesta semana e continua registrando alta de mais
de 5% até agora no ano. O S&P
500, um índice mais amplo dos
preços das ações, também subiu mais de 5% no ano.
A recente alta nos preços das
ações fez com que a onda de
vendas do dia 27 de fevereiro
que resultou na maior baixa
percentual do Dow Jones em
quatro anos- parecesse um
acidente. Tanto o Dow Jones
quanto o S&P 500 ganharam ao
redor de 7% desde então.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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