São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2008

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Federação prevê setor mais concentrado

DA SUCURSAL DO RIO

O setor farmacêutico vive uma fase de consolidação e pode se tornar mais concentrado nos próximos anos, na avaliação do presidente executivo da Febrafarma (Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica), Ciro Mortella. Segundo ele, as empresas nacionais ganharam espaço nos últimos anos e atualmente ocupam quatro das dez posições no ranking de maior faturamento do setor.
Para Mortella, no entanto, a criação de uma supercompanhia nacional ainda depende da melhora no ambiente de negócios no país. As empresas que atuam aqui têm aumentado sua parcela de produtos destinados ao mercado externo, o que requer disponibilidade de adequação a regras internacionais, além de novos investimentos.
Segundo a Febrafarma, as empresas vão investir R$ 1,7 bilhão neste ano. Desse total, R$ 505 milhões serão destinados a pesquisa e desenvolvimento, 29,26% mais do que 2007.
Mortella aponta como deficiências aspectos econômicos e de fiscalização nos pontos-de-venda. Para ele, o fabricante não tem como incorporar ao preço do produto os gastos com inovação, o que dificulta a recuperação de margens. Hoje, as compras do governo representam cerca de 30% do mercado, segundo a Febrafarma.
O diretor-geral de operações da Aché, José Ricardo Mendes, avalia que estrategicamente o país tem espaço para uma superfarmacêutica baseada em genéricos e em produtos patenteados a partir de tecnologia desenvolvida no país.
A Aché chegou a discutir a criação de uma empresa de biotecnologia em parceria com a argentina Bio Sidus, mas o negócio não foi adiante em razão dos custos elevados. (JL)


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