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Federação prevê setor mais concentrado
DA SUCURSAL DO RIO
O setor farmacêutico vive
uma fase de consolidação e pode se tornar mais concentrado
nos próximos anos, na avaliação do presidente executivo da
Febrafarma (Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica), Ciro Mortella. Segundo ele,
as empresas nacionais ganharam espaço nos últimos anos e
atualmente ocupam quatro das
dez posições no ranking de
maior faturamento do setor.
Para Mortella, no entanto, a
criação de uma supercompanhia nacional ainda depende da
melhora no ambiente de negócios no país. As empresas que
atuam aqui têm aumentado sua
parcela de produtos destinados
ao mercado externo, o que requer disponibilidade de adequação a regras internacionais,
além de novos investimentos.
Segundo a Febrafarma, as
empresas vão investir R$ 1,7 bilhão neste ano. Desse total, R$
505 milhões serão destinados a
pesquisa e desenvolvimento,
29,26% mais do que 2007.
Mortella aponta como deficiências aspectos econômicos e
de fiscalização nos pontos-de-venda. Para ele, o fabricante
não tem como incorporar ao
preço do produto os gastos com
inovação, o que dificulta a recuperação de margens. Hoje, as
compras do governo representam cerca de 30% do mercado,
segundo a Febrafarma.
O diretor-geral de operações
da Aché, José Ricardo Mendes,
avalia que estrategicamente o
país tem espaço para uma superfarmacêutica baseada em
genéricos e em produtos patenteados a partir de tecnologia
desenvolvida no país.
A Aché chegou a discutir a
criação de uma empresa de biotecnologia em parceria com a
argentina Bio Sidus, mas o negócio não foi adiante em razão
dos custos elevados.
(JL)
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