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Três acionistas
pensaram em
fundir empresas
DA REPORTAGEM LOCAL
Bradesco, Previ e o empresário Benjamin Steinbruch,
do grupo Vicunha, chegaram a estudar a fusão entre a
Vale do Rio Doce e a CSN no
segundo semestre do ano
passado.
A idéia, que surgiu no Bradesco, era transformar a Vale numa holding. A companhia controlaria os negócios
que a Vale tem nas áreas de
mineração, logística, alumínio, papel e celulose. A CSN
seria incorporada a essa coleção de empresas.
Essa foi a primeira tentativa de acabar com as participações cruzadas na mineradora e na siderúrgica e com
os conflitos de interesses que
elas provocam. Todos ficariam sócios de uma única
empresa.
Consequências
O problema é que Steinbruch perderia força com a
fusão. Enquanto Bradesco e
Previ possuem posições importantes na Vale do Rio
Doce e na CSN, o empresário é sócio apenas da siderúrgica. Na troca de ações, a
Vicunha de Steinbruch ficaria com cerca de 4% da nova
empresa, uma participação
muito menor que a dos outros dois sócios.
Ou seja, de controlador da
CSN e principal sócia da Vale (por meio da própria
CSN), a Vicunha passaria a
ser acionista minoritária da
empresa que seria criada.
Para compensar Steinbruch, Bradesco e Previ concordaram em dar-lhe a presidência do conselho de administração da nova empresa. Além disso, ajudariam financeiramente a Vicunha,
que no ano passado devia R$
1 bilhão.
O empresário fez outras
exigências, como o direito
de escolher a diretoria da
empresa. Seus sócios não
aceitaram e a idéia foi definitivamente arquivada.
(DF)
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