São Paulo, domingo, 28 de maio de 2000


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Três acionistas pensaram em fundir empresas


DA REPORTAGEM LOCAL

Bradesco, Previ e o empresário Benjamin Steinbruch, do grupo Vicunha, chegaram a estudar a fusão entre a Vale do Rio Doce e a CSN no segundo semestre do ano passado.
A idéia, que surgiu no Bradesco, era transformar a Vale numa holding. A companhia controlaria os negócios que a Vale tem nas áreas de mineração, logística, alumínio, papel e celulose. A CSN seria incorporada a essa coleção de empresas.
Essa foi a primeira tentativa de acabar com as participações cruzadas na mineradora e na siderúrgica e com os conflitos de interesses que elas provocam. Todos ficariam sócios de uma única empresa.

Consequências
O problema é que Steinbruch perderia força com a fusão. Enquanto Bradesco e Previ possuem posições importantes na Vale do Rio Doce e na CSN, o empresário é sócio apenas da siderúrgica. Na troca de ações, a Vicunha de Steinbruch ficaria com cerca de 4% da nova empresa, uma participação muito menor que a dos outros dois sócios.
Ou seja, de controlador da CSN e principal sócia da Vale (por meio da própria CSN), a Vicunha passaria a ser acionista minoritária da empresa que seria criada.
Para compensar Steinbruch, Bradesco e Previ concordaram em dar-lhe a presidência do conselho de administração da nova empresa. Além disso, ajudariam financeiramente a Vicunha, que no ano passado devia R$ 1 bilhão.
O empresário fez outras exigências, como o direito de escolher a diretoria da empresa. Seus sócios não aceitaram e a idéia foi definitivamente arquivada. (DF)





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