São Paulo, domingo, 28 de maio de 2006

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Usinas paulistas são processadas por irregularidade no trato de bóias-frias

DA FOLHA RIBEIRÃO

Na semana passada, a Procuradoria do Trabalho decidiu ajuizar ações civis públicas contra nove usinas paulistas, após flagrar diversas irregularidades nas condições de trabalho dos bóias-frias nos canaviais da região de Ribeirão Preto e Piracicaba.
Os fiscais acharam trabalhadores se alimentando sem proteção contra o sol, trabalhando sem folgas e com equipamento de proteção desgastado e inadequado, além de barracas sanitárias precárias.
As blitze inéditas nos canaviais são conseqüência das denúncias feitas no ano passado pela Pastoral do Migrante de Guariba, relacionando a morte de 13 trabalhadores em dois anos em canaviais do Estado a um suposto excesso de esforço no corte da cana, já que o bóia-fria recebe por produção.
Desde então, a denúncia é apurada por diversos órgãos, entre eles a ONG Relatoria Nacional para o Direito Humano ao Trabalho da Plataforma Dhesc Brasil, ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), o Ministério Público Federal e a Unica. Donos de usinas negaram a relação entre as mortes e o excesso de esforço.
A Dhesc chegou a propor que os ministérios da Saúde e do Trabalho criem uma comissão para elaborar e enviar ao Congresso uma lei que enquadre as mortes súbitas no campo.


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