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SAIBA MAIS
Para Meirelles, Brasil não será afetado pela alta
DO ENVIADO À BASILÉIA
A provável elevação da taxa de juros nos EUA não deve gerar instabilidade no
Brasil, disse ontem o presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles.
Segundo ele, os mercados
já reagiram à expectativa de
que as taxas subiriam e, portanto, os investidores se prepararam para a alta. "Os preços dos papéis [de países emergentes, como o Brasil]
já refletem o movimento de
alta", avalia Meirelles.
Usando o jargão do mercado financeiro, o presidente do BC diz que a alta já está
"precificada", ou seja, que os
investidores já estimaram os
efeitos da decisão do Fed
(banco central dos EUA) e já
incluíram esses efeitos nas
operações que efetuam no
mercado financeiro.
O presidente do BC encontra até um aspecto positivo
na proximidade da decisão
de alta dos juros nos EUA.
Ele lembra que parte das turbulências sofridas pela economia brasileira nos últimos
meses são explicadas pelas
incertezas no mercado internacional. Se não toda, parte
dessa incerteza está relacionada justamente ao rumo da
política monetária nos EUA.
Com a decisão, "o mercado
encontrará um novo ponto
de equilíbrio e a vida continua", avalia Meirelles.
O presidente do BC voltou
a argumentar que a economia brasileira está bem preparada para "enfrentar"
uma alta das taxas de juros
no mercado internacional.
"Os fundamentos da economia brasileira estão bem melhores do que no passado",
disse, mencionado o aumento das exportações, a queda
da proporção da dívida pública atrelada ao dólar e o
comprometimento do governo com a manutenção do
superávit primário.
Nas últimas duas reuniões
do Copom (Comitê de Política Monetária), uma das razões apontadas para a manutenção da taxa básica de
juros (Selic) em 16% ao ano
foi a volatilidade externa.
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