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Outro lado
Empresa nega irregularidades em importação; distribuidora não comenta
DA REPORTAGEM LOCAL
A Cotia Trading nega que tenha importado mercadorias de
forma irregular para a Disac,
distribuidora de produtos para
home theater, ou para qualquer
outra empresa com quem atua
desde 1976, quando foi criada.
Informa que trouxe as mercadorias para o país, pagou-as
com recursos próprios e recolheu os impostos para revender
os equipamentos nacionalizados à revendedora Disac.
Afirma ainda que não houve
nenhuma tentativa de esconder "o real adquirente" das
mercadorias, como cita auto de
infração da Receita, nem de
"montar qualquer esquema de
interposição fraudulenta".
Fiscais autuaram a trading
porque acreditam que a operação feita na importação foi "por
conta e ordem de terceiros"
-ou seja, a trading importou
para a Disac, que deveria recolher IPI. Mas o nome da Disac
não aparecia nos documentos,
o que a isentou do pagamento
de tributo. A Folha apurou que
o nome da Disac aparecia nas
caixas dos produtos que estavam sendo importados.
A Receita determinou perda
da carga importada e a suspensão do CNPJ da Cotia. Após essa decisão, a Cotia recorreu à
Justiça Federal e conseguiu liberar a carga. Como a Justiça
anulou, em primeira instância,
a decisão da Receita, a empresa
entende que não há nenhuma
base legal para que o CNPJ da
Cotia continue suspenso.
Procurada há dois dias, a Disac não comentou o caso. Anteontem, funcionários informaram que o proprietário estava viajando. O celular dele não
foi fornecido nem o de seus advogados. Ontem, a Disac foi
procurada novamente (por e-mail e telefone), mas não se
pronunciou.
(CR e FF)
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