São Paulo, quarta-feira, 28 de junho de 2006

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Novo secretário do Tesouro dos EUA quer mais rigor com China

Indicado para o cargo defende pressão maior para liberalização do câmbio

Tim Sloan/France Presse
Henry Paulson, nomeado para secretário do Tesouro dos EUA


KRISHNA GUHA
DO "FINANCIAL TIMES"

Henry Paulson, indicado para assumir o posto de secretário do Tesouro dos EUA, preparou ontem o cenário para uma possível mudança da política de Washington em relação à China, enfatizando a importância da pressão americana para que Pequim reforme e liberalize o seu sistema financeiro.
Paulson disse a senadores em sua audiência de confirmação que isso desencadearia reformas mais amplas, incluindo a adoção de taxa de câmbio determinada pelo mercado.
O ex-presidente e executivo-chefe do Goldman Sachs reiterou a necessidade de Pequim permitir maior flexibilidade da moeda em curto prazo. "Nós vamos incentivá-los a agir rapidamente nesse sentido e demonstrar maior flexibilidade."
Seus comentários sugeriram que ele dará maior peso à reforma do setor financeiro do que a questões monetárias. Falando de maneira mais geral, Paulson disse à Comissão de Finanças do Senado: "Se eu for confirmado, vou me concentrar intensamente em como os EUA podem manter e reforçar nossa posição competitiva".
Ele apresentou agenda ambiciosa para o restante do segundo mandato do presidente George W. Bush, possivelmente com nova tentativa de reforma dos programas de assistência e da Seguridade Social. Paulson também prometeu esforço para reduzir o déficit fiscal. Ele disse que "estamos em posição mais forte para nos concentrarmos na redução do déficit e em cortes de gastos".
Os comentários de Paulson foram bem recebidos pelos senadores, levantando a perspectiva de que ele possa ser confirmado rapidamente.

Tradução de LUIZ ROBERTO MENDES GONÇALVES

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