São Paulo, quarta-feira, 28 de junho de 2006

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Depois da operação do BB, captação com oferta de ações bate recorde na Bovespa

DA REUTERS

As empresas brasileiras já levantaram R$ 15,15 bilhões com ofertas públicas de ações neste ano, superando os pouco mais de R$ 14 bilhões de todo o ano passado, a maior do Plano Real até então, segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A marca foi atingida com o fechamento da 23ª oferta do ano, a do Banco do Brasil, que levantou quase R$ 2 bilhões, sem contar o lote suplementar. Foi a maior operação deste ano.
No primeiro semestre, as ofertas foram beneficiadas pela forte liquidez internacional e pelo interesse de estrangeiros por papéis brasileiros. Dados da Bovespa mostram que os investidores externos foram responsáveis por 75,5% do volume das ofertas de ações deste ano.
A expectativa é de que mais ofertas ocorram até dezembro -há mais 23 empresas com ofertas em análise na CVM-, mas o apetite dos investidores pode não ser mais o mesmo, depois do aumento da aversão ao risco pela perspectiva de juros maiores no mundo.
Recentemente algumas empresas adiaram seus planos de realizar oferta, como a Telemar e a Brasil & Movimento, fabricante das bicicletas Sundown, justamente devido à turbulência dos mercados.
Desde que atingiu seu recorde histórico em 9 de maio, o principal indicador da Bolsa paulista já recuou 18% e os estrangeiros tiraram cerca de R$ 5 bilhões da Bovespa.
"Os mercados mais fracos dificultam um pouco o lançamento de ações, mas tenho a impressão de que é só um momento. Acho que para boas empresas vai ter sempre espaço para lançar [ações], mas não como foi no primeiro semestre. O mercado como um todo vai ser mais seletivo", avaliou Álvaro Bandeira, diretor da Ágora Senior CTVM, maior corretora do país.


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