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Depois da operação do BB, captação com oferta de ações bate recorde na Bovespa
DA REUTERS
As empresas brasileiras já levantaram R$ 15,15 bilhões com
ofertas públicas de ações neste
ano, superando os pouco mais
de R$ 14 bilhões de todo o ano
passado, a maior do Plano Real
até então, segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A marca foi atingida com o
fechamento da 23ª oferta do
ano, a do Banco do Brasil, que
levantou quase R$ 2 bilhões,
sem contar o lote suplementar.
Foi a maior operação deste ano.
No primeiro semestre, as
ofertas foram beneficiadas pela
forte liquidez internacional e
pelo interesse de estrangeiros
por papéis brasileiros. Dados
da Bovespa mostram que os investidores externos foram responsáveis por 75,5% do volume
das ofertas de ações deste ano.
A expectativa é de que mais
ofertas ocorram até dezembro
-há mais 23 empresas com
ofertas em análise na CVM-,
mas o apetite dos investidores
pode não ser mais o mesmo, depois do aumento da aversão ao
risco pela perspectiva de juros
maiores no mundo.
Recentemente algumas empresas adiaram seus planos de
realizar oferta, como a Telemar
e a Brasil & Movimento, fabricante das bicicletas Sundown,
justamente devido à turbulência dos mercados.
Desde que atingiu seu recorde histórico em 9 de maio, o
principal indicador da Bolsa
paulista já recuou 18% e os estrangeiros tiraram cerca de R$
5 bilhões da Bovespa.
"Os mercados mais fracos dificultam um pouco o lançamento de ações, mas tenho a
impressão de que é só um momento. Acho que para boas empresas vai ter sempre espaço
para lançar [ações], mas não como foi no primeiro semestre. O
mercado como um todo vai ser
mais seletivo", avaliou Álvaro
Bandeira, diretor da Ágora Senior CTVM, maior corretora do
país.
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