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INDÚSTRIA PAULISTA
Claudio Vaz nega pressão por renúncia
Disputa entre lideranças na Fiesp não vai durar muito, diz Furlan
DA FOLHA ONLINE
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) disse ontem, durante o lançamento do
IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo), em São Paulo,
que não acredita que a disputa pela liderança da indústria paulista
vá durar por muito tempo.
Na última quarta-feira, Paulo
Skaf, da Chapa 1, foi eleito presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
O candidato da situação, Cláudio
Vaz, venceu a presidência do
Ciesp (Centro das Indústrias do
Estado de São Paulo), mas o resultado ainda não foi anunciado oficialmente, pois a comissão eleitoral precisa verificar os documentos relativos ao pleito -4.084 empresas votaram, o maior número
da história da entidade.
A Chapa 1 encaminhou anteontem à comissão um pedido de
pente-fino nos votos do Ciesp:
quer que não apenas as atas sejam
verificadas mas também todas as
credenciais apresentadas pelas
empresas votantes.
Nos bastidores, integrantes da
chapa de Skaf dizem que, se o pedido não for aceito, entrarão na
Justiça pedindo o cancelamento
do resultado. A posição da comissão e o resultado oficial das eleições do Ciesp só devem ser divulgados na semana que vem.
Vaz divulgou ontem uma nota
negando que esteja sendo pressionado por alguns de seus correligionários para renunciar à presidência do Ciesp. "Ninguém me
pediu isso, e tenho certeza de que
ninguém me pedirá por conta do
respeito que os milhares de eleitores merecem", afirmou no texto.
Apesar do clima de confronto,
Furlan classificou a disputa como
"momentânea". "O assunto da
Fiesp é momentâneo. O presidente continua sendo o Horacio Lafer
Piva até o final de setembro. Até
lá, a poeira vai assentar", disse.
Para o ministro, "é natural que
haja excessos e eventualmente algumas caneladas". "Mas é preciso
encontrar um caminho de convergência para que o objetivo
principal se alcance, que é o crescimento sustentável, progresso e
contribuição para o país", completou Furlan.
Ele disse também que ninguém
sai ganhando com um eventual
racha. "O bom senso deve predominar. Não interessa a ninguém
que a classe empresarial de São
Paulo fique desunida."
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