São Paulo, sábado, 28 de agosto de 2004

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INDÚSTRIA PAULISTA

Claudio Vaz nega pressão por renúncia

Disputa entre lideranças na Fiesp não vai durar muito, diz Furlan

DA FOLHA ONLINE
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) disse ontem, durante o lançamento do IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo), em São Paulo, que não acredita que a disputa pela liderança da indústria paulista vá durar por muito tempo.
Na última quarta-feira, Paulo Skaf, da Chapa 1, foi eleito presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O candidato da situação, Cláudio Vaz, venceu a presidência do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), mas o resultado ainda não foi anunciado oficialmente, pois a comissão eleitoral precisa verificar os documentos relativos ao pleito -4.084 empresas votaram, o maior número da história da entidade.
A Chapa 1 encaminhou anteontem à comissão um pedido de pente-fino nos votos do Ciesp: quer que não apenas as atas sejam verificadas mas também todas as credenciais apresentadas pelas empresas votantes.
Nos bastidores, integrantes da chapa de Skaf dizem que, se o pedido não for aceito, entrarão na Justiça pedindo o cancelamento do resultado. A posição da comissão e o resultado oficial das eleições do Ciesp só devem ser divulgados na semana que vem.
Vaz divulgou ontem uma nota negando que esteja sendo pressionado por alguns de seus correligionários para renunciar à presidência do Ciesp. "Ninguém me pediu isso, e tenho certeza de que ninguém me pedirá por conta do respeito que os milhares de eleitores merecem", afirmou no texto.
Apesar do clima de confronto, Furlan classificou a disputa como "momentânea". "O assunto da Fiesp é momentâneo. O presidente continua sendo o Horacio Lafer Piva até o final de setembro. Até lá, a poeira vai assentar", disse.
Para o ministro, "é natural que haja excessos e eventualmente algumas caneladas". "Mas é preciso encontrar um caminho de convergência para que o objetivo principal se alcance, que é o crescimento sustentável, progresso e contribuição para o país", completou Furlan.
Ele disse também que ninguém sai ganhando com um eventual racha. "O bom senso deve predominar. Não interessa a ninguém que a classe empresarial de São Paulo fique desunida."


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