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MERCADO ABERTO
Setubal defende punições e acordo
Preocupados com a crise política, grandes empresários
têm se reunido para discutir
saídas para blindar a economia sem, no entanto, prejudicar
as investigações. Uma das saídas
apontadas seria acelerar as punições para costurar um acordo
político que interrompesse a onda de denuncismo.
A proposta é do empresário
Paulo Setubal, presidente da Duratex e um dos mais atuantes nos
encontros realizados pelos pesos
pesados da economia em São
Paulo. Setubal participou do jantar do dia 19 deste mês em homenagem ao novo presidente do Iedi, Josué Gomes da Silva, com a
presença de Lula, e também esteve no jantar da segunda-feira
passada na Fiesp.
Segundo Setubal, o empresariado acha que todas as denúncias devem ser apuradas até o
fim, e, a partir dessas investigações, todos os culpados devem
ser exemplarmente punidos. "Só
esperamos que não seja feita nenhuma ação panfletária, como
ocorreu recentemente tanto no
caso da Daslu como no da Schincariol", diz o empresário. "Houve muitos exageros."
Depois desse processo de punições, Setubal acha que os partidos e suas lideranças deveriam
elaborar um acordo com o objetivo de discutir a reforma política. "A crise vai finalizar com essa
punição e depois de um acordo
político que permita manter o
país no atual estado de direito e
de governabilidade", diz Paulo
Setubal. "O acordo diminuiria
essa essência de criação de fatos."
Outra grande preocupação dos
empresários é em relação à velocidade de apuração. Todos defendem a aceleração dos trabalhos das CPIs. Segundo ele, o medo é o de o país perder a grande
oportunidade de crescer a um
ritmo mais rápido, principalmente às vésperas do início do
processo de queda dos juros. "O
clima é de muita ansiedade e há
sinais claros de enfraquecimento
do mercado interno em vários
setores", diz Setubal. "Nossa
preocupação ainda é maior porque o governo está paralisado e
tem uma série de coisas que também estão paradas."
NOVA ESTRELA
Depois de um período difícil, a empresa de brinquedos Estrela
parte para uma nova aquisição no mercado de infláveis. Segundo Carlos Tilkian, presidente da Estrela, o objetivo é fugir da sazonalidade do mercado de brinquedos, que praticamente pára
depois do Natal, época que é a melhor para os infláveis. A empresa tem investido e, em 2004, abriu uma nova planta, ampliou
outra e ainda incorporou a marca Jesmar. Para o Dia da Criança
e o Natal, a companhia promove cerca de 150 lançamentos de
um total de 250 itens que possui nos pontos-de-venda. A expectativa para este ano é crescer 10% em relação ao ano passado. A
grande bandeira da empresa para o segundo semestre continua
a ser o auxílio à entidade do setor, a Abrinq, no combate à pirataria e à importação ilegal de brinquedos, que chega a roubar
uma fatia de estimados 30% do mercado brasileiro.
INADIMPLÊNCIA
O índice de cheques devolvidos em supermercados subiu
25,22% entre janeiro e julho ante
o mesmo período de 2004, segundo o Telecheque.
PRORROGADO
Para visitar mais instituições
de ensino superior (já foram 35),
a AmBev prorrogou do dia 31
para 7 de setembro as inscrições
a seu programa de treinamento.
INVESTIMENTO
O governador Luiz Henrique
(SC) e representantes da Battistella e da Aliança Navegação Logística acertaram investimento
de US$ 100 milhões para construção de um terminal de contâineres na região de Itapoá.
NO CORAÇÃO
O hospital São Luiz acaba de
investir US$ 240 mil para adquirir um ultra-som para doenças
cardíacas. Ele espera elevar em
50% a demanda pelo exame.
QUEDA PESADA
O nível de emprego da construção pesada registrou queda
de 5,97% em julho em relação ao
mesmo mês do ano anterior. Segundo o Sinicesp (sindicato da
indústria da construção pesada
de SP), porém, ante o último mês
de junho, houve alta de 0,42%.
Depois de atingir um nível menor em fevereiro, o índice voltou
a subir nos meses seguintes. Em
julho, as empresas do sindicato
tinham 31.240 empregados.
INOVAÇÃO
A GM lança um novo modelo
de relacionamento com clientes
paralelamente à chegada do novo Vectra. A instalação "Universo Chevrolet", uma enorme caixa preta com três ambientes, será
inaugurada na quinta, no Jockey
Club de São Paulo. Ela percorrerá nove capitais até o lançamento
oficial do modelo, em outubro.
O carro, 100% desenvolvido no
Brasil, terá um pré-lançamento
para compradores potenciais.
BOLHA AMEAÇADA
Começam a surgir sinais de
que a "bolha" no mercado imobiliário americano pode ter atingido o pico, segundo o "New
York Times". A taxa de vacância
dos aluguéis caiu para 9,8% no
segundo trimestre, após ter atingido um recorde histórico de
10,4% no início de 2004. Pesquisas apontam que os preços dos
aluguéis também começam a subir após cinco anos, sinal de que
as casas em muitas regiões metropolitanas estão tão caras que
começa a compensar alugar.
TIME COMPLETO
Coordenada por Juan Quirós
(Apex), a feira "Brasil na Reconstrução do Iraque", na Jordânia,
terá 151 empresas de 14 setores.
Estão confirmadas as presenças
de vice-ministros iraquianos de
Comércio, Telecomunicações,
Indústria, Ciência e Tecnologia,
Habitação e Reconstrução, entre
outros. Também irão os presidentes da União dos Construtores e da Confederação das Câmaras de Comércio Iraquianas.
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