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"CALOTE"
País tenta renegociar seus bradies
Equador afirma ter apoio de três do G-7
das agências internacionais
O Equador conseguiu ontem o
respaldo de três países do G-7
(países mais ricos do mundo) na
tentativa de convencer o mercado
financeiro de que o país tem condições de reestruturar pelo menos
a metade do déficit público de
US$ 13 bilhões.
O país está perto de fechar um
acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), que deve incluir a renegociação de US$ 6 bilhões em títulos Brady.
O Equador é o primeiro país a
buscar a renegociação de bradies,
títulos da dívida externa dos países emergentes emitidos nos anos
80. Os títulos do Equador são de
94 -assim como os do Brasil.
Na quarta, o Equador decidiu
adiar por 30 dias o pagamento de
US$ 96 milhões em bradies.
Alguns analistas consideram a
medida um "calote técnico" e temem que o país não honre com as
obrigações de outros títulos.
O Equador espera conseguir
um desconto na dívida de US$ 1
bilhão que tem com o Clube de
Paris.
"Acredito que vamos reduzir
nossas obrigações com o Clube de
Paris, pois recebi apoio do presidente Bill Clinton (EUA), do presidente da França, Jacques Chirac,
e do primeiro-ministro britânico,
Tony Blair", disse o presidente do
Equador, Jamil Mahuad.
Também está na pauta das conversações com o FMI um pacote
de ajuda de US$ 1,2 bilhão. Do total, o país deve receber, de imediato, US$ 400 milhões.
Os títulos da dívida do Equador
tiveram ontem uma ligeira queda.
O mercado está na expectativa do
anúncio de medidas de reestruturação econômica, entre as quais a
emissão de um novo título para
substituir os bradies.
Entre os problemas da economia equatoriana estão os efeitos
da queda na exportação de petróleo e dos danos causados pelas
tempestades do fenômeno "El Niño". O Congresso, fragmentado,
resiste a aprovar medidas que visam à redução de gastos. Funcionários públicos frequentemente
recebem seus salários com atraso.
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