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"Política monetária será mais flexível", afirma o ministro
DA SUCURSAL DO RIO
A "tônica" de um eventual segundo mandato do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva será a
queda da taxa de juros, que "já
está dada", e o crescimento
econômico acima de 5%, disse o
ministro Guido Mantega.
Ele evitou prever o crescimento em 2006, depois de recuar sobre sua estimativa de
4%. Para 2007, mostrou-se otimista: "Neste segundo semestre, a economia está aquecida,
crescendo a mais de 4%. Não
sei qual vai ser o total [do ano],
mas o importante é que 2006
encerra uma fase de crescimento moderado. E, na minha
opinião, começa fase de crescimento acelerado." Boa parte da
aceleração do crescimento, diz,
viria da queda do juro. "A taxa
vai cair, já está dado."
O ministro assegurou ainda
que, num possível segundo
mandato de Lula, a política monetária será "flexibilizada": "Há
uma situação virtuosa que nos
permite projetar uma política
monetária mais flexível".
Segundo Mantega, a inflação
abaixo do centro da meta de
4,5% para este ano -na casa
dos 3%- e a perspectiva de um
índice também inferior ao objetivo do BC para 2007 dão
condições à queda dos juros.
"A política monetária conseguiu reduzir a inflação a um patamar adequado e nós até conseguimos ganhar um fôlego
porque já temos uma inflação
projetada para 2007 abaixo do
centro da meta [também de
4,5%]. As projeções são de 3,9%
a 4%, o que nos deixa numa situação muito confortável."
Mantega não quis prever
quando os juros básicos chegarão a uma taxa real de 5% ao
ano. "Seria interferir no trabalho do BC e do Copom."
Para Mantega, o real continuará valorizado em 2007, apesar de considerar possível uma
pequena depreciação com importações em alta e menor ingresso de capital externo. "É
impossível imaginar a possibilidade de voltar para os R$ 3,20
que nós tínhamos no período
em que o Brasil era um país frágil, que não tinha reservas."
Indagado sobre sua permanência na Fazenda, disse que o
"tema não está em pauta". "É a
última coisa que o presidente
Lula está pensando."
(PS)
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