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Cresce competição nos serviços de telefonia fixa
Empresas de celular e TV a cabo passam a oferecer produtos residenciais e acirram disputa no mercado
Número de linhas fixas das grandes concessionárias caiu de 37 mi no 1º trimestre
de 2006 para 35 mi no mês passado, segundo a Anatel
MARINA FALEIROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem procura hoje serviço
de telefonia fixa não precisa
mais se restringir às grandes
concessionárias, que dominavam o mercado desde a privatização das teles, em 1998. Com a
recente entrada de novas empresas oferecendo serviços residenciais, como a TIM e a Net,
o setor começa a ganhar competição e ofertas para o consumidor final.
Segundo a Agência Nacional
de Telecomunicações, o número de linhas fixas em uso nas
mãos das grandes concessionárias caiu de 37,4 milhões no primeiro trimestre de 2006 para
35,2 milhões no mês passado.
No mesmo período, o número de linhas totais instaladas
passou de 38,8 milhões para
39,1 milhões entre 2006 e
2007. "A participação das novas empresas no mercado já
passou de 5,8% em 2005 para
8% em 2006. Neste ano, deve
crescer mais", diz Alex Zago,
analista sênior de telecomunicações da consultoria IDC.
A Telefônica, que opera em
São Paulo e detinha o mercado
na região, diz que o movimento
não assusta, já que a empresa
está preparada para oferecer
produtos vantajosos. "É um
movimento positivo para o
consumidor e isso nos força a
pensar em como atendê-los
melhor", diz Márcio Fabbris,
diretor para o segmento residencial da Telefônica.
Ele explica que a empresa
tem perdido principalmente as
linhas adicionais dentro das casas, antes utilizadas por famílias numerosas ou para quem
tem conexão discada. "No balanço, perdemos linhas primeiro para quem utiliza agora banda larga, depois para o celular e,
por último, para novos concorrentes", avalia Fabbris.
A Telemar, que hoje opera
com o nome Oi, diz que a competição sempre existiu, principalmente com a telefonia móvel. "As companhias de telefonia fixa tiveram que se reinventar para ficarem mais competitivas, e a Oi já está nesse caminho há mais de um ano, lançando novos planos para competir
com o móvel", diz Flávia Bittencourt, diretora de marketing de varejo da empresa.
Para ela, a competição na linha fixa não é grande ainda. "Já
temos planos para atender até
mesmo o público de baixa renda, e a redução dos números
também é reflexo de uma limpeza no sistema, já que muitos
terminais antes eram ligados,
mas não traziam receita para a
empresa."
Conforme Eduardo Guedes,
gerente de produto banda larga
e voz da Net Serviços, a empresa atingiu em setembro 470 mil
assinantes na sua linha fixa telefônica, alta de 308% em relação ao mesmo período de 2006.
"Fizemos grande pesquisa de
mercado e trouxemos conceitos novos, como uma franquia
flexível, na qual o cliente paga
R$ 34,90 e gasta como quiser."
Outra operadora que quer
conquistar o consumidor residencial é a TIM. A empresa lançou na semana passada seu primeiro produto com linha residencial fixa e diz que há um ano
e meio tem plano para o segmento pré-pago e pós-pago de
telefonia fixa, com a intenção
de reduzir a tarifa.
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