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Com novas opções, consumidor vê conta de telefone mais barata no fim do mês
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Mesmo com a alegação de
que os números da telefonia fixa residencial estão estáveis, as
empresas tradicionais já perdem clientes. O gerente de TI
Marcelo Freitas, 24, nem chegou a colocar linha fixa da Telefônica na sua casa quando mudou de endereço no ano passado. Optou por um Livre da Embratel, que tinha preço menor,
e agora utiliza o Net Fone. "A
minha conta reduziu de R$ 150
com a Telefônica para R$ 70."
Ele optou por pacote da Net,
que também inclui internet,
banda larga e TV a cabo. "A linha deu problemas no início e
não funciona quando falta luz
elétrica, mas, quando vejo a
conta bem mais barata, percebo que não dá para mudar."
As empresas que entram no
setor procuram disponibilizar
diversos planos e preços agressivos, com a meta de atingir a
maior gama possível de clientes. Das operadoras de celular,
a TIM, por exemplo, tem planos a partir de R$ 9,90, que dá
direito a 50 minutos de ligação
para telefone local fixo. No plano da TIM, o número fixo e de
celular ficam no mesmo chip
do aparelho móvel.
Já a Vivo estreou projeto piloto neste mês, no Paraná. A
idéia é oferecer funções de celular, como identificador de
chamadas e agenda telefônica,
com preço e aparência de telefone fixo, já que o equipamento
usado é um telefone normal,
não um celular.
O telefone Livre, da Embratel, tem plano pós-pago de R$
28 por mês que conta com mais
de 1,2 milhão de assinantes, segundo dados da consultoria
IDC. O produto ganhou força
com a entrada de novas opções
no mercado. "Eles focam no
mercado de baixa renda e têm
crescido também", diz Alex Zago, analista sênior da IDC.
Já as operadoras de telefone
fixo respondem com pacotes
agressivos, como o Oi Conta,
que custa R$ 11,99, e o Linha
controle 80, da Telefônica, que
custa R$ 19,90. "Elas demoraram para entrar com planos
mais agressivos e não criaram
uma cultura forte, o que faz
com que agora percam clientes", diz Zago.
Segundo o advogado Luiz
Fernando Marrey Moncau, do
Instituto de Defesa do Consumidor, o mais importante é que
o consumidor avalie bem as
vantagens e os pontos negativos de cada plano. "As empresas de celular avançam nesse
setor, e o consumidor precisa é
estar atento se existe taxa de
instalação, se há alguma forma
de fidelização que depois o impeça de reincidir o contrato."
Na casa da estudante Thalita
da Cunha Pereira, 20, a troca da
linha tradicional pelo Net Fone
não foi tão vantajosa. "Não sentimos diferença na conta e a rede é muito instável, o que faz a
linha cair sempre", diz. De
acordo com ela, a família deverá voltar para o serviço da Telefônica em breve.
Além disso, a telefonia a cabo
tem um preço maior de instalação, caso a pessoa não opte pelos pacotes. Na Net, se o cliente
quiser só o telefone fixo, paga
R$ 300 pela instalação. Já no
serviço da TIM ele não paga nada e recebe um número fixo
que funciona só dentro de sua
casa, utilizando o aparelho celular comum.
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