São Paulo, domingo, 28 de outubro de 2007

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Com novas opções, consumidor vê conta de telefone mais barata no fim do mês

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Mesmo com a alegação de que os números da telefonia fixa residencial estão estáveis, as empresas tradicionais já perdem clientes. O gerente de TI Marcelo Freitas, 24, nem chegou a colocar linha fixa da Telefônica na sua casa quando mudou de endereço no ano passado. Optou por um Livre da Embratel, que tinha preço menor, e agora utiliza o Net Fone. "A minha conta reduziu de R$ 150 com a Telefônica para R$ 70."
Ele optou por pacote da Net, que também inclui internet, banda larga e TV a cabo. "A linha deu problemas no início e não funciona quando falta luz elétrica, mas, quando vejo a conta bem mais barata, percebo que não dá para mudar."
As empresas que entram no setor procuram disponibilizar diversos planos e preços agressivos, com a meta de atingir a maior gama possível de clientes. Das operadoras de celular, a TIM, por exemplo, tem planos a partir de R$ 9,90, que dá direito a 50 minutos de ligação para telefone local fixo. No plano da TIM, o número fixo e de celular ficam no mesmo chip do aparelho móvel.
Já a Vivo estreou projeto piloto neste mês, no Paraná. A idéia é oferecer funções de celular, como identificador de chamadas e agenda telefônica, com preço e aparência de telefone fixo, já que o equipamento usado é um telefone normal, não um celular.
O telefone Livre, da Embratel, tem plano pós-pago de R$ 28 por mês que conta com mais de 1,2 milhão de assinantes, segundo dados da consultoria IDC. O produto ganhou força com a entrada de novas opções no mercado. "Eles focam no mercado de baixa renda e têm crescido também", diz Alex Zago, analista sênior da IDC.
Já as operadoras de telefone fixo respondem com pacotes agressivos, como o Oi Conta, que custa R$ 11,99, e o Linha controle 80, da Telefônica, que custa R$ 19,90. "Elas demoraram para entrar com planos mais agressivos e não criaram uma cultura forte, o que faz com que agora percam clientes", diz Zago.
Segundo o advogado Luiz Fernando Marrey Moncau, do Instituto de Defesa do Consumidor, o mais importante é que o consumidor avalie bem as vantagens e os pontos negativos de cada plano. "As empresas de celular avançam nesse setor, e o consumidor precisa é estar atento se existe taxa de instalação, se há alguma forma de fidelização que depois o impeça de reincidir o contrato."
Na casa da estudante Thalita da Cunha Pereira, 20, a troca da linha tradicional pelo Net Fone não foi tão vantajosa. "Não sentimos diferença na conta e a rede é muito instável, o que faz a linha cair sempre", diz. De acordo com ela, a família deverá voltar para o serviço da Telefônica em breve.
Além disso, a telefonia a cabo tem um preço maior de instalação, caso a pessoa não opte pelos pacotes. Na Net, se o cliente quiser só o telefone fixo, paga R$ 300 pela instalação. Já no serviço da TIM ele não paga nada e recebe um número fixo que funciona só dentro de sua casa, utilizando o aparelho celular comum.


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