São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Vaivém das commodities MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br CÂMBIO E DÓLAR O agronegócio ainda se destaca nas exportações brasileiras. Soja (e derivados) e as carnes têm sido as commodities mais beneficiadas em termos de preços de exportação internalizados. Já álcool, açúcar e suco de laranja estão na ponta perdedora, segundo o Cepea. EFEITO CRISE Para Geraldo Barros e Karlin Saori Ishii, do Cepea/Esalq, a crise financeira tende a espalhar-se. Mas no caso brasileiro, a queda das cotações das commodities é compensada pela alta do dólar. Uma ação do BC, que produza excessiva (e artificial) valorização do real, pode deprimir em demasia os preços internos das commodities. VENDAS FRACAS As vendas de carnes estão fracas, o que retira alguns frigoríficos da lista de compras de boi. Na avaliação dos analistas do Instituo FNP, a semana pode ser de preços baixos. CRÉDITO E CHUVA O setor sucroalcooleiro deverá ter os preços com volatilidade ainda maior. Dois ingredientes serão responsáveis: chuvas e falta de crédito. A análise é de Plínio Nastari, feita na conferência da Datagro sobre açúcar e álcool. O evento continua hoje, em São Paulo. CLIMA ATRAPALHA A região centro-sul perdeu dois dias de moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena deste mês devido à ocorrência de chuvas. mostra a Unica (associação das usinas). PREÇOS ALTOS O aperto no crédito deve forçar uma queda de plantio, o que pode limitar as safras mundiais e agravar a crise de alimentos, elevando os preços. O Brasil, um dos principais produtores mundiais de grãos, dará sua cooperação para este recuo de produção, segundo analistas disseram à Bloomberg. EXPORTAÇÃO SUPERA As exportações brasileiras de arroz em casca superaram as importações. De março a setembro o superávit foi de 80 mil toneladas, com as exportações rendendo US$ 211 milhões. É a primeira vez que isso ocorre desde 1990, segundo Rubens Silveira, do Irga. POUCAS QUEDAS O mercado de Chicago fechou em alta ontem, com a soja subindo 3,4% e o milho, 3,4%. Já em Nova York, açúcar e algodão subiram, mas café e suco voltaram a cair. Nos últimos 12 meses, o suco de laranjá é o produto que registra a maior queda, acumulando 43%. O trigo vem a seguir, com 34%. Texto Anterior: Coréia corta juros; Bolsa de Tóquio volta a níveis de 1982 Próximo Texto: Conselho da Anatel recebe 3 nomeações Índice

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